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Síria/ Violência

Rússia nega que dará asilo a Bashar al-Assad

A Rússia negou que discute o futuro de Bashar al-Assad com os Estados Unidos. A imprensa russa afirmou nesta quarta-feira que Washington tenta convencer Moscou a dar asilo político ao presidente da Síria.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, durante entrevista a jornal turco nesta terça-feira, em Damasco.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, durante entrevista a jornal turco nesta terça-feira, em Damasco. REUTERS/SANA/Handout
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O jornal russo Kommersant afirmou, citando uma fonte do ministério de Relações exteriores russo, que os países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, estavam tentando convencer Moscou a conceder asilo político ao presidente Bashar al-Assad.

“Nossa posição já foi explicada várias vezes, a questão do poder na Síria deve ser decidido pelo povo sírio. Os esquemas apresentados são impostos pelo exterior, por isso só podem ser prejudiciais”, declarou nesta quarta-feira o vice-ministro russo de Relações exteriores, Serguei Riabkov, negando a afirmação da imprensa.

A Rússia não vai estar presente no terceiro encontro dos Amigos do povo sírio, em Paris nesta sexta-feira. Uma centena de países ocidentais e árabes se reúne para tentar convencer Assad a deixar o poder.

Sábado, em Genebra, os cinco membros permanentes do Conselho de segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha), a Turquia e países representantes da Liga Árabe, entraram em acordo sobre os princípios da transição na Síria.

Observadores

O chefe dos observadores da ONU na Síria, o general Robert Mood, criticou hoje os encontros da comunidade internacional, que acontecem em lugares luxuosos, enquanto na prática poucas coisas são feitas para resolver a situação dramática no país.

“Para as partes envolvidas no conflito, o fim das violências é sem dúvida a questão mais importante”, disse Mood a jornalistas hoje em um hotel de Damasco. O general comanda 300 observadores que tiveram que parar suas operações devido ao aumento da violência no país.

Questionado sobre o futuro da missão, o general precisou que ela acabaria no dia 20 de julho e que o que aconteceria em seguida era responsabilidade do Conselho de segurança da ONU. “Mas eu estou convencido do compromisso da ONU a favor do bem estar do povo sírio”, acrescentou.

Os 300 observadores da ONU chegaram à Síria em abril para vigiar o cessar fogo, que nunca foi colocado em prática, aprovado pelo regime e pela oposição dentro do plano de saída da crise do emissário internacional Kofi Annan.

 

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