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Violência/ Índia

Turista suíça é vítima de estupro coletivo na Índia

Uma turista suíça foi vítima de um estupro coletivo nesta sexta-feira no centro da Índia. A vítima, que viajava com o marido de bicicleta pelo país, foi atacada quando se preparava para acampar no Estado do Madhya Padesh.

Manifestações em Nova Deli, em fevereiro, contra a impunidade em casos de violência sexual na Índia.
Manifestações em Nova Deli, em fevereiro, contra a impunidade em casos de violência sexual na Índia. REUTERS/Adnan Abidi
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A vítima foi estuprada na presença do marido, que tinha sido amarrado. Os estupradores também roubaram 10.000 rúpias (185 dólares) e um celular, segundo fontes policiais.

A mulher, de aproximadamente 40 anos, foi hospitalizada em Gwalior, a 340 km de Bhopal, a capital do Estado, segundo a mesma fonte. Ela saiu do hospital neste sábado e prestou queixa à polícia contra sete indivíduos que ainda não foram identificados.

As vítimas declararam ser de nacionalidade suíça. Os dois turistas tinham a intenção de visitar o Taj Mahal, em Agra, no norte do país, um dos lugares mais turísticos da Índia. Eles fizeram uma etapa no vilarejo de Madhya Pradesh para acampar. Aproximadamente 20 suspeitos foram detidos e estão sendo interrogados, segundo a agência indiana Press Trust of India (PTI), citando fontes policiais.

O embaixador suíço na Índia, Linus von Castelmur, falou com a vitima e prometeu “toda a ajuda possível”, segundo a agência. Em Berna, o ministro suíço das Relações Exteriores declarou em um comunicado que estava “profundamente chocado por este trágico incidente”. O ministro disse que esperava que os agressores fossem “rapidamente identificados e que respondessem pelos seus atos diante de um tribunal.”

Em 2003, uma diplomata suíça de 36 anos foi sequestrada em um parking em Nova Deli e estuprada por dois homens. Os responsáveis pela agressão nunca foram julgados.

O drama da turista suíça acontece em meio ao aumento das manifestações contra os estupros e agressões sexuais que acontecem em todo o país em toda impunidade. O movimento de protesto começou com o estupro coletivo em 16 de dezembro de uma estudante indiana de 23 anos, em Nova Deli. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.

A jovem foi estuprada diante do namorado, que também foi espancado. O caso gerou comoção na Índia e em todo o mundo. Os seis suspeitos foram presos, mas o principal instigador do crime, Ram Singh, foi encontrado morto em sua célula em 11 de março. As circunstâncias da morte ainda não foram elucidadas.

O Parlamento indiano aprovou no começo da semana um projeto de lei pelo qual os estupradores podem, a partir de agora, ser condenados a penas de mais de 20 anos de prisão e até à pena de morte.
 

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