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Líbia/intervenção militar

Grupo de contato para a Líbia discute ajuda aos rebeldes na Turquia

O grupo de contato para a Líbia, formado pelos países que participam da intervenção militar no país, reúne-se nesta sexta-feira pela quarta vez em Istanbul, na Turquia. Trata-se de mais uma tentativa de encontrar uma solução política para o conflito no país, depois do início da ofensiva da OTAN, em março.

O secretário Geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen (à esquerda) e o Ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em Istambul (15/07/2011).
O secretário Geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen (à esquerda) e o Ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em Istambul (15/07/2011). Reuters
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Um dos principais objetivos desta reunião é coordenar a ajuda ao CNT, o Conselho Nacional de Transição, que representa os rebeldes. A ideia é prepará-los para assumir o poder e governar o país, segundo informações da delegação que acompanha a secretária de estado americana Hillary Clinton ao encontro. São esperados 15 chanceleres, de diferentes países. Entre eles, o francês Alain Juppé, o italiano Franco Frattini e o britânico William Hague. A China e a Rússia, que integram o Conselho Permanente de Segurança da ONU e são contrários à ofensiva da OTAN, recusaram o convite.

Na reunião, os representantes do CNT devem detalhar o projeto de transição. Uma das exigências do grupo de contato é que os rebeldes representem as diferentes regiões, tribos e facções políticas que se opõem ao regime de Kadafi. A França afirma que, na última semana, os contatos que permitiriam uma solução diplomática na região e a saída de Kadafi, há 42 anos no poder, foram intensificados. Para isso, seria necessário um cessar fogo seguido de um controle internacional da região, a designação de um governo de transição e a nomeação de um presidente, que será responsável pela organização de eleições e a redação de uma constituição.

Segundo representantes europeus que participam do encontro, para isso, os bombardeios devem continuar até a capitulação de Kadafi. A delegação americana, entretanto, demonstrou seu ceticismo em relação às negociações, poucas horas antes do início das reuniões. Nesta quinta-feira, os rebeldes consolidaram desde quinta-feira posições no oeste do país, perto da cidade de Al-Assabaa, a 80 quilômetros no sul de Tripoli, e agora avançam em direção a Brega, onde estão situados importantes campos de petróleo. O conflito na Líbia, que começou no dia 15 de fevereiro, já deixou entre 10 e 15 mil mortos, segundo organizações internacionais. Cerca de 1 milhão de pessoas já fugiram o país.

 

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