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Síria/ ONU

Observadores da ONU suspendem missão na Síria

Os observadores da ONU suspenderam suas atividades na Síria devido à "intensificação da violência", anunciou neste sábado em um comunicado o general norueguês Robert Mood, chefe da missão. Neste sábado, pelo menos 36 pessoas já morreram em atos de violência no país, enquanto mais de mil famílias estão cercadas pelo Exército sírio na cidade opositora de Homs.

Manifestante pede ajuda internacional para fim do massacre na Síria.
Manifestante pede ajuda internacional para fim do massacre na Síria. REUTERS/Shaam News Network/Handout
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"Devido à intensificação da violência armada nestes dez dias (...) e aos riscos, a missão de observadores da ONU suspende suas atividades. Os observadores deixarão de patrulhar até nova ordem", afirmou o comunicado. Moods acrescentou que “a falta de vontade das duas partes [governo e oposição] para uma transição pacifica e a pressão por soluções militares aumentam as perdas: civis inocentes, homens, mulheres e crianças são mortos todos os dias”, o que “elevam os riscos para os observadores”.

O texto afirma ainda que a suspensão das atividades pode ser revista a qualquer momento. “As atividades retornarão quando a situação permitir."

A missão da ONU na Síria se iniciou em abril para supervisionar o cessar-fogo aceito pelo regime do presidente Bashar al-Assad, mas que jamais foi cumprido. O fim da violência era um dos principais pontos do plano de paz elaborado pelo emissário especial da ONU para o conflito na Síria, Kofi Annan, assinado pelo regime.

Neste sábado, pelo menos 36 pessoas já morreram em atos de violência no país, enquanto mais de mil famílias estão cercadas pelo Exército sírio na cidade opositora de Homs, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. As mortes, que incluem mulheres e crianças, ocorreram em Duma, a 13 quilômetros da capital Damasco, e Homs, no centro do país.

O país vive um violento conflito interno há 15 meses. O confronto se militarizou devido à repressão armada do regime à oposição síria, que pede o fim do regime al-Assad. A ONG exortou hoje o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon a “intervir imediatamente para parar os bombardeios incessantes nos bairros de Homs para evacuar as mil famílias cercadas”.
 

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