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Síria

Síria usa bombas de fragmentação, denuncia ONG

A Organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou hoje que o regime sírio tem usado bombas de fragmentação também nas operações terrestres contra seus opositores. O uso desse tipo de arma é condenado pela comunidade internacional.

Bombardeio aéreo sobre mesquita na região de Damasco, 10 de janeiro de 2013
Bombardeio aéreo sobre mesquita na região de Damasco, 10 de janeiro de 2013 REUTERS/Kenan Al-Derani/Shaam News Network/Handout
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A Human Rights Watch faz a denúncia baseada em testemunhos de moradores e também de imagens de vídeo divulgadas pelos militantes e fotos de um fotógrafo independente. As cenas mostram que o exército usa bombas de fragmentação em operações terrestres desde o início de dezembro. A ONG já havia informado que as forças aéreas recorriam a este tipo de armas.

Segundo a organização, o exército dispõe de uma BM 21 que permite lançar até 40 foguetes quase simultaneamente de um alcance de até 40 quilômetros. De fabricação soviética, esse lançador múltiplo é conhecido pela falta de precisão, o que agrava os danos em áreas residenciais.

Segundo o diretor do departamento de armas da Human Rights Watch, a Síria usa bombas de fragmentação apesar da condenação internacional. A Síria não ratificou a convenção sobre armas de fragmentação que proíbe a produção, a estocagem, a transferência e o uso desse tipo de armamento.

Novas vítimas

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, nesta segunda-feira de manhã 8 crianças e 5 mulheres morreram em bombardeios em Mouadamiyat al-Cham, região ao sudoeste da capital Damasco. A ONG, que faz suas estimativas basedas em relatos de militantes e de médicos, calcula que mais de 3.500 crianças morreream ao longo dos 22 meses de conflito entre rebeles e o regime de Bashar al-Assad.

No domingo, 147 pessoas morreram, sendo 58 apenas nos arredores de Damasco.

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