Síria usa bombas de fragmentação, denuncia ONG
A Organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou hoje que o regime sírio tem usado bombas de fragmentação também nas operações terrestres contra seus opositores. O uso desse tipo de arma é condenado pela comunidade internacional.
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A Human Rights Watch faz a denúncia baseada em testemunhos de moradores e também de imagens de vídeo divulgadas pelos militantes e fotos de um fotógrafo independente. As cenas mostram que o exército usa bombas de fragmentação em operações terrestres desde o início de dezembro. A ONG já havia informado que as forças aéreas recorriam a este tipo de armas.
Segundo a organização, o exército dispõe de uma BM 21 que permite lançar até 40 foguetes quase simultaneamente de um alcance de até 40 quilômetros. De fabricação soviética, esse lançador múltiplo é conhecido pela falta de precisão, o que agrava os danos em áreas residenciais.
Segundo o diretor do departamento de armas da Human Rights Watch, a Síria usa bombas de fragmentação apesar da condenação internacional. A Síria não ratificou a convenção sobre armas de fragmentação que proíbe a produção, a estocagem, a transferência e o uso desse tipo de armamento.
Novas vítimas
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, nesta segunda-feira de manhã 8 crianças e 5 mulheres morreram em bombardeios em Mouadamiyat al-Cham, região ao sudoeste da capital Damasco. A ONG, que faz suas estimativas basedas em relatos de militantes e de médicos, calcula que mais de 3.500 crianças morreream ao longo dos 22 meses de conflito entre rebeles e o regime de Bashar al-Assad.
No domingo, 147 pessoas morreram, sendo 58 apenas nos arredores de Damasco.
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