Negociações entre Irã e AIEA fracassam mais uma vez
As negociações entre a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o Irã sobre o programa nuclear do país fracassaram mais uma vez, de acordo com o chefe dos inspetores da agência, o belga Herman Nackaerts. Ele voltou para Viena depois de uma nova rodada de negociações esta semana em Teerã.
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Todas as atenções da comunidade ocidental agora estão voltadas para a próxima reunião com o grupo dos 5 + 1, formado pelos Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha, que acontece nos dias 28 e 29 de janeiro, em Istambul. De acordo com Herman Nackaerts, ainda existem divergências em relação à dimensão militar do programa nuclear iraniano, já que o acesso à base militar de Parchin está proibido. O local pode abrigar, segundo a ONU, testes de explosões utilizados para desenvolver a bomba atômica. O Irã alega que a agência da ONU já havia feito uma inspeção Parchin em 2005.
Os inspetores da agência e o grupo de negociadores iranianos, liderados por Ali Asghar Soltanieh, se encontram novamente em Teerã no dia 12 de fevereiro. Mas o ceticismo é geral. As discussões, que já duram um ano, visam a obtenção de um acordo global, possibilitando o acesso às usinas iranianas.
O Conselho de Segurança da ONU já adotou seis resoluções contra o Irã, inclusive econômicas, reforçadas por medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos e a União Europeia. As grandes potências temem que os estoques de urânio enriquecido a 20% e a tecnologia desenvolvida nos últimos anos em Teerã já sejam suficientes para a fabricação da arma atômica.
Os iranianos insistem que o material radioativo é destinado à fabricação de isótopos para uso médico. O país alega que as exigências da ONU vão além do que prevê o TNP( Tratado de Não-Proliferação Nuclear).
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