Irã e potências nucleares devem retomar diálogo no fim do mês
O Irã e o grupo de potências nucleares mundiais conhecido como 5+1 devem dialogar sobre o programa nuclear de Teerã em uma reunião em 25 de fevereiro. O encontro ocorrerá no Cazaquistão, de acordo com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, durante um discurso neste domingo em Munique (Alemanha).
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Salehi comentou sobre a reunião ao discursar durante um painel sobre o programa nuclear de seu país na Conferência sobre Segurança de Munique, que ocorreu neste final de semana. O chanceler não deixou claro que seu país aceitaria participar do encontro. O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) tiveram contatos em meados de dezembro para retomar as negociações nucleares, após vários meses de interrupção. Um local e data, entretanto, não haviam sido estabelecidos.
As últimas negociações diretas entre as duas partes aconteceram em Moscou, em junho do ano passado. Salehi disse que o país poderia aceitar a oferta de negociações bilaterais com os Estados Unidos, apresentada pelo vice-presidente americano, Joe Biden, no sábado, durante o mesmo evento.
"Estamos prontos para manter negociações, mas desta vez será necessário que a outra parte realmente queira encontrar uma solução", declarou Salehi. Ele pediu que Washington pare de utilizar “uma retórica de ameaças” a respeito deste assunto.
Hoje, um porta voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, comemorou a retomada dos diálogos. “Nós ficamos felizes de saber que o chanceler iraniano confirma hoje [a realização da reunião]”, disse Michael Mann Notre.
Diversos países ocidentais suspeitam que o Irã tenta fabricar uma arma atômica sob a fachada de um programa nuclear civil, uma possibilidade que o governo de Teerã nega. O país se recusa a suspender o programa de enriquecimento de urânio, alegando que tem objetivos estritamente civis. O bloqueio das negociações no ano passado ocorreu justamente devido à insistência dos iranianos em manter o enriquecimento de urânio, primeiro passo para a fabricação de uma bomba nuclear.
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