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Moçambique

Moçambique: terroristas usam crianças nos ataques em Cabo Delgado

O governo moçambicano acusa os grupos terroristas de estarem a usar crianças soldados nos ataques em Cabo Delgado e pede a intervenção da comunidade internacional para ajudar o país a lutar contra este flagelo.

Criança em Metuge, Cabo Delgado. 24 de Fevereiro de 2021. (imagem de arquivo).
Criança em Metuge, Cabo Delgado. 24 de Fevereiro de 2021. (imagem de arquivo). AFP - ALFREDO ZUNIGA
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Os grupos terroristas responsáveis pelos ataques em Cabo Delgado terão recorrido a crianças soldados, contudo não se sabe ao certo o número de crianças que foram forçadas a abandonar a escola e a juntarem-se ao grupo de terroristas.

A informação é confirmada pelo executivo moçambicano, o secretário de Estado de Cabo Delgado, António Supeia, pediu a intervenção da comunidade internacional para ajudar o país no processo de integração e reabilitação destas crianças.

“É urgente recuperar as crianças-soldados, doutrinadas pelos terroristas. Por vocação temos demandado o apoio e colaboração dos vários parceiros, com destaque para as confissões religiosas e outras organizações especializadas na matéria”, defendeu.

O Secretário de Estado de Cabo Delgado, António Supeia, apelou igualmente à promoção do perdão, num ano marcado pela desactivação dos principais focos de insurgência e o retorno de grande parte da população deslocada às suas zonas de origem.

“Fica para nós, a nobre tarefa de saber perdoar, tolerar, aceitar, acolher e reintegrar na sociedade os cidadãos incautos e arrependidos, visando o alcance da paz e reconciliação”, concluiu.

Desde 2017, a província de Cabo Delgado enfrenta  uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo fundamentalista Estado Islâmico. A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.

Com a colaboração de Ilauda Manala.

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