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Mohamed Béavogui é o novo primeiro-ministro da Guiné-Conacri

A junta militar nomeou como primeiro-ministro de transição Mohamed Béavogui, de 68 anos. Uma personalidade afastada da política interior e que ocupou vários cargos em organizações internacionais.

Mohamed Béavogui, novo primeiro-ministro da Guiné-Conacri.
Mohamed Béavogui, novo primeiro-ministro da Guiné-Conacri. © Wikimédia / Travail personnel - Lagabara 07
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O Presidente de transição na Guiné-Conacri, o coronel Mamady Doumbouya, que chegou ao poder com o golpe militar de 5 de Setembro, nomeou Mohamed Béavogui como primeiro-ministro.

O Presidente escolheu, assim, uma personalidade sem experiência governamental e afastada da vida política interior, respondendo à própria promessa de nomear um primeiro-ministro não oriundo das fileiras militares e de unir o povo sem olhar para as diferenças políticas e étnicas.

Mohamed Béavogui é filho de um diplomata e sobrinho de Diallo Telli, primeiro Secretário-Geral da Organização da União Africana que morreu em 1977 no campo de Boiro, uma prisão que ficou conhecida como o símbolo do regime repressivo de Sékou Touré, o “pai da independência” do país.

Licenciado em engenharia na Rússia, especialista no financiamento do desenvolvimento agrícola e da gestão de risco, Mohamed Béavogui fez uma carreira no sector privado e em instituições internacionais, nomeadamente na ONU. Foi sub-Secretário-Geral das Nações Unidas e desempenhou cargos no Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola e na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Além de várias línguas locais, o novo primeiro-ministro fala francês, inglês, russo e italiano.

Mohamed Béavogui deverá agora compor a sua equipa governamental, propor os nomes dos ministros ao Presidente e apresentar, num máximo de 30 dias, o plano de acção do governo.

A junta militar prometeu devolver o poder aos civis após as eleições no final do período de transição, mas ainda não disse quanto tempo durará a transição. Até lá, os militares anunciaram que vão escrever uma nova Constituição, lutar contra a corrupção e reformar o sistema eleitoral.

A CEDEAO exigiu eleições presidenciais e legislativas num prazo de seis meses e congelou os bens financeiros dos membros da junta e das suas famílias, tendo ainda proibido as suas viagens.

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