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Manifestações/Sudão

Sudão: manifestações contra Junta Militar ocorrem em várias regiões

As forças de segurança sudanesas lançaram, sábado, granadas lacrimogénias para repelir milhares de oponentes que se aproximavam do palácio presidencial, em Cartum.Os manifestantes protestavam contra a interrupção do  funcionamento da rede internet, bem como a repressão, que dois meses depois do golpe militar, provocou a morte de 48 sudaneses.   

Um manifestante durante um protesto contra o poder militar do Sudão. O contestário mostra um cartaz com a figura do general Abdel Fattah al-Burhan,onde se lê, "não a um governo militar".
Um manifestante durante um protesto contra o poder militar do Sudão. O contestário mostra um cartaz com a figura do general Abdel Fattah al-Burhan,onde se lê, "não a um governo militar". - AFP
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Os protestos levaram milhares de sudaneses a algumas dezenas de metros do palácio em que está sediado o governo de transição, chefiado pelo general Abdel Fattah  ak-Burhan. Al-Burhan foi o líder do golpe de Estado de 25 de Outubro de 2021.

As forças de segurança sudanesas enfrentaram os contestários com granadas lacrimogénias e bloquearam os acessos às pontes, que ligam os subúrbios a capital, Cartum.  

O governo de transição sudanês decidiu interromper o funcionamento da rede internet, assim como as comunicações telefónicas, de forma a impedir que os  manifestantes, provenientes de vários bairros de Cartum e dos subúrbios, comunicassem entre si.

Na sexta-feira, 24 de Dezembro de 2021, o governo da  província de Cartum tinha avisado que as forças de segurança reagiriam perante os que infringissem  a lei e provocassem o caos, nomeadamente nas redondezas dos  edifícios considerados de "soberania estratégica".

Segundo observadores, em todas as manifestações de protesto em Cartum, nas últimas semanas, os primeiros disparos, ocorrem diante do Parlamento, do palácio presidencial e do quartel-general do exército.

Sábado, dia 25 de Dezembro de 2021, situação idêntica verificou-se, com milhares de sudaneses a protestar em Cartum, nos seus subúrbios, assim como em Madani, a 150 quilómetros a sul da capital, Atbara, no norte e Porto-Sudão no leste.

De acordo com testemunhas, os manifestantes apuparam as forças armadas, o seu chefe, general Abdel Fattah al-Burhan e o Primeiro-ministro Abdallah Hamdok, sob um exame de bandeiras do Sudão.  

Desde que começaram os protestos, há dois meses, contra o golpe militar de 25 de Outubro no Sudão, morreram 48 pessoas.          

 

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