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África do Sul

África do Sul: chamas controladas esta segunda-feira no parlamento do país

Na Cidade do Cabo, os bombeiros controlam já o incêndio que ontem assolou o parlamento do país. A casa da democracia sul africana apresenta agora uma vasta mancha escura na sua fachada onde se vêm ainda janelas com vidros partidos.

Vista geral do parlamento em chamas da África do Sul, na Cidade do Cabo.
Vista geral do parlamento em chamas da África do Sul, na Cidade do Cabo. AFP - OBED ZILWA
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Os prejuizos são avultados em termos de património histórico e cultural, porque ardeu a parte antiga do parlamento, como nos diz o professor universitário e activista José Gama na África do Sul.

"JG: isto aconteceu na parte velha do parlamento, e provocou alguns danos, nomeadamente livros e muito material histórico.

RFI: a Câmara dos Deputados também caiu e ardeu?

JG: sim, sim, isto até compromete um pouco o anual discurso de Estado do Presidente (da República) que está agendado para o dia 10 de fevereiro.

Um homem foi detido. Não se sabe ainda se foi ele ou não.

RFI: dizem que o sistema de extinção de incêndios não funcionou porque a água estava cortada ?

JG: o que as autoridades estavam a dizer é que o sistema de alarme apenas foi accionado quando os bombeiros já lá estavam.

RFI: entretanto, este incêndio acontece um dia depois do funeral de Desmond Tutu. Há algum simbolismo nisto?

JG: acontece um dia depois da morte de um dos fundadores da democracia na África do Sul, que é o malogrado arcebispo.

RFI: diz-se, aqui, em França, nas televisões, que a democracia sul-africana está em cinzas ?

JG: ela teve um golpe, mas a democracia vai continuar. As cinzas apenas contribuíram para uma chamada de atenção, e penso que dentro de dias o parlamento pode reatar (os trabalhos)."

Recorde-se que na parte mais antiga do parlamento sul africano, onde o fogo começou, estavam guardados os tesouros da assembleia, incluindo 4000 obras de arte e muito património que remonta ao século XVII. Esta zona do edifício está ainda  revistida a madeira nobre.

Oiça aqui a entrevista com o professor e activista José Gama, residente na África do Sul.

01:21

Professor e activista José Gama

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