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Burkina Faso

Militares do Burkina Faso anunciam restabelecer a Constituição e modificar as instituições

A junta militar que protagonizou há uma semana o golpe de Estado no Burkina Faso anunciou esta segunda-feira ter restaurado a Constituição do país que estava suspensa desde que assumiu o poder, os golpistas referindo que ela se aplica enquanto se espera pelo "estabelecimento dos órgãos de transição".

Líder da junta militar que tomou o poder no Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba.
Líder da junta militar que tomou o poder no Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba. © DR
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Numa mensagem lida na televisão do Burkina Faso, ao referir "garantir a continuidade do Estado enquanto aguarda a constituição de órgãos de transição" sem mencionar prazos, o Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauro (MPSR, junta) também se apresentou como sendo o “órgão central para definir e orientar a política de segurança, económica, social, desenvolvimento e restauração da integridade territorial”.

Esta evolução coincide com o anúncio hoje da suspensão do Burkina Faso da União Africana. Na senda do que decidiu a CEDEAO na sexta-feira, a UA anunciou hoje a suspensão do Burkina Faso de todas as suas actividades no seio da organização pan-africana "até ao restabelecimento efectivo da ordem constitucional no país".

Também esta segunda-feira, uma delegação ministerial da CEDEAO está a efectuar uma missão no Burkina Faso, depois de ter sido enviada uma delegação militar para o país no fim-de-semana. Ambas as missões acontecem em prelúdio de uma nova cimeira oeste-africana no próximo dia 3 de Fevereiro no intuito de decidir que atitude adoptar para com a junta militar, depois de a organização sub-regional ter já suspendido o país no final da semana passada.

Refira-se entretanto que no terreno, as forças do Burkina Faso  juntamente com unidades francesas afirmam ter morto cerca de 60 jihadistas no norte do país durante uma ofensiva conduzida entre os passados dias 16 e 23 de Janeiro.

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