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Burkina Faso

Burkina Faso: manifestantes exigem retirada de tropas francesas

No Burkina Faso centenas de manifestantes reuniram-se na capital Ouagadougou para exigir a retirada das forças francesas estacionadas no país. Depois do Mali, a França enfrenta mais uma onda de protestos contra a sua presença no continente africano.

Um manifestante agita uma bandeira russa durante manifestações contra a França e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no mês de Outubro.
Um manifestante agita uma bandeira russa durante manifestações contra a França e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no mês de Outubro. AFP - ISSOUF SANOGO
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Logo pela manhã, centenas de manifestantes mobilizaram-se na capital Ouagadougou para uma nova onda de protestos. Equipados com apitos e carregando bandeiras do Burkina e da Rússia, reuniram-se em torno da embaixada francesa para exigir a retirada das suas tropas no “espaço de 72 horas”.

Depois de transmitirem a carta junto da diplomacia francesa, dirigiram-se à base de Kamboinsin, na região central do país, para relançar o ultimado. Os soldados do Burkina Faso receberam a mensagem e prometeram que a transmitiriam às autoridades francesas.

Os militantes que acusam a França de estar envolvida num jogo obscuro na luta contra o jihadismo no país, também exigiram a demissão de cinco ministros que compunham o gabinete do antigo chefe da transição, Paul-Henri Damiba, acusado de ser protegido pela França.

"Ibrahim Traoré não pretende recorrer ao grupo Wagner" – Victoria Nuland

Regressando de uma viagem ao Sahel entre os dias 16 e 20 de Outubro, a subsecretária de Estado norte-americana Victoria Nuland disse que "o novo chefe da transição Ibrahim Traoré, não tinha qualquer intenção de recorrer ao grupo paramilitar russo Wagner".

"O presidente interino do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, foi inequívoco. Os burquinenses defenderão eles mesmos a segurança da sua nação. Não têm qualquer intenção de recorrer ao grupo Wagner. Fomos muito claros com ele sobre os riscos envolvidos, se um dia mudarem de ideias. E falámos sobre como continuar a apoiar os esforços do exército para repelir os terroristas, sem o apoio externo da Rússia e do grupo Wagner."

Contudo, a aproximação com a Rússia foi o slogan exibido pelos manifestantes que apoiaram a sua tomada de posse. Esta tendência também é observada em outros países como o Mali, onde o apoio à Rússia vem crescendo ao mesmo tempo em que se começa a rejeitar a presença francesa na região.

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