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Senegal

“Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente”

Arrancou esta quarta-feira, 25 de Janeiro, em Dacar no Senegal a cimeira sobre a Segurança Alimentar. Os chefes de Estado de Moçambique e da Guiné-Bissau marcam presença no encontro que este ano tem como lema: “Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente”.

Arrancou esta quarta-feira, 25 de Janeiro, em Dacar no Senegal a cimeira sobre a Segurança Alimentar. Os chefes de Estado de Moçambique e da Guiné-Bissau marcam presença no encontro que este ano tem como lema: “Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente”.
Arrancou esta quarta-feira, 25 de Janeiro, em Dacar no Senegal a cimeira sobre a Segurança Alimentar. Os chefes de Estado de Moçambique e da Guiné-Bissau marcam presença no encontro que este ano tem como lema: “Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente”. AFP - JOHN WESSELS
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No arranque dos trabalhos da cimeira, o Presidente Macky Sall sublinhou que “Alimentar África é uma prioridade que se tornou urgente”. O também Presidente da Comissão da União Africana condenou a hesitação dos parceiros internacionais em financiar a transformação do sector agrícola do continente africano.

“A vossa participação mostra o interesse que atribuímos, em conjunto, ao sector da agricultura, para fazer dela uma fonte de resiliência cíclica, mas sobretudo uma base para a soberania alimentar a longo prazo”, afirmou.

De acordo com o Relatório Global sobre a Crise Alimentar em 2022, cerca de 205 milhões de pessoas, em todo o mundo, poderão estar expostas à insegurança alimentar. Macky Sall lembrou que a esta realidade, "soma-se a escassez de fertilizantes e o aumento de preços que prejudicam a produção agrícola, num continente que importa o essencial dos produtos alimentares". Tudo isto num contexto de guerra na Ucrânia.

O Presidente guineense participou num painel, sublinhando que o país tem “uma política agrícola desde a independência”. Umaro Sissoco Embaló reconheceu que a apesar da Guiné-Bissau ter algumas limitações, o apoio dos parceiros internacionais tem feito a diferença.  

“Com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento, este ano, estamos a desenvolver políticas agrícolas mais intensas. Umas das politicas, que eu estou a apoiar, vai permitir-nos em 2025 aumentar a nossa produtividades e rendimentos, nomeadamente no caso do arroz. O arroz é um dos nossos produtos por excelência, assim como a mandioca e a batata doce. Há três anos que estamos a exportar a batata doce para o Senegal”, explicou.

O Presidente Filipe Nyusi afirmou que Moçambique tem apostado em medidas económicas que visam a transformação do sector agrícola do país e que estão a beneficiar os agricultores.

“Para além da legislação que está a ser reformulada para beneficiar o privado, para além da terra que está a ser entregue aos cidadãos, aos camponeses e produtores, sobretudo mulheres. No ano passado, apresentmos um pacote de medidas para a protecção da economia, neste caso concreto a agricultura, isentando o Iva na importação de máquinas agrícolas. Temos ainda o projecto “Sustenta”, referiu.

Até sexta-feira, 27 de Janeiro, chefes de Estado, representantes de Governos e instituições financeiras vão tentar encontrar soluções para retirar o país deste impasse. Entretanto, o Banco Africano de Desenvolvimento comprometeu-se a avançar com 10 mil milhões de dólares, um valor que irá financiar, nos próximos 5 anos, projectos agrícolas no continente.

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