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#Mali

Junta militar no Mali adia referendo constitucional

A junta militar no Mali anunciou, esta sexta-feira, o adiamento do referendo constitucional previsto para 19 de Março, mas disse que respeitaria a promessa de um regresso dos civis ao poder em 2024.

Coronel Assimi Goïta, Presidente interino do Mali. 22 de Setembro  de 2022.
Coronel Assimi Goïta, Presidente interino do Mali. 22 de Setembro de 2022. AFP - OUSMANE MAKAVELI
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"A data do referendo previsto para 19 de Março de 2023 (…) vai conhecer um ligeiro adiamento", declarou, a partir de um comunicado lido diante da imprensa, o coronel Abdoulaye Maïga, porta-voz do governo.

O referendo é um passo importante no calendário conducente às eleições de Fevereiro de 2024 e a um regresso ao governo civil. A Constituição é um elemento-chave do vasto projecto de reforma, que vai a referendo, e que é invocado pelos militares para justificar a continuação do seu governo.

O projecto da nova Constituição, entregue a 27 de Fevereiro ao chefe da junta Assimi Goïta, reforça os poderes do Presidente, em comparação com a Constituição de 1992. De acordo com o texto, cabe ao Presidente "determinar a política da nação" e não o governo, como actualmente. O chefe de Estado nomeia o primeiro-ministro e os ministros e pode cessar as suas funções, segundo o novo texto. A iniciativa de legislação pertenceria ao chefe de Estado e aos parlamentares, não ao Governo e à Assembleia Nacional.

Palco de dois golpes militares em Agosto de 2020 e Maio de 2021, o Mali está confrontado, desde 2012, com a propagação do jihadismo. No ano passado, a junta militar exigiu a retirada - entretanto concretizada - das tropas francesas do terreno.

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