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France 24 censurada no Burkina Faso

Burkina Faso suspende a difusão do canal France 24

A junta no poder no Burkina Faso ordenou esta segunda-feira a suspensão da difusão do canal de televisão internacional France 24. Esta decisão intervém depois da transmissão de uma crónica sobre o responsável do ramo norte-africano da Al-Qaeda e a France 24 condenou a decisão, em comunicado.

A France 24 deplorou a suspensão da sua sua difusão no Burkina Faso.
A France 24 deplorou a suspensão da sua sua difusão no Burkina Faso. © FMM
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A direcção da France 24 não tardou a reagir e condenou a suspensão da difusão do seu canal no território do Burkina Faso. 

Em comunicado, o canal de informação internacional contestou todas as acusações, que considera porem em causa o profissionalismo do seus jornalistas. 

Umas horas antes, um comunicado do porta-voz do governo do Burkina Faso acusou o canal francês oferecer "um espaço de legitimação das acções terroristas e dos discursos de ódio de forma a confortar as intenções malignas dessa organização [Al Qaeda do Magrebe Islâmico, AQMI] no Burkina Faso".

Estas acusações surgem depois de uma crónica sobre o responsável do ramo norte-africano da Al-Qaeda, no passado dia 6 de Março. As autoridades do Burkina Faso culpam o canal francês de ter dado voz ao chefe da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico através de uma entrevista.

O canal France 24 tinha na realidade divulgado as respostas escritas de Abu Youssef al-Annabi às perguntas do jornalista e especialistas das questões jihadistas da France 24, Wassim Nassr. Para além disso, a crónica tratava, entre outros, de confirmar que o refém francês Olivier Dubois, entretanto libertado, tinha sido detido pelo ramo norte-africano da Al Qaeda. 

Em Dezembro, o Burkina Faso já tinha ordenado a suspensão da difusão da Radio França Internacional, do mesmo grupo mediático que a France 24, e ambos estão também suspensos no Mali, país vizinho governado por uma junta militar. 

A France 24 relembrou que o seu canal é seguido por um terço da população cada semana no Burkina Faso e por mais de 60% de executivos e dirigentes e que continua acessível através da internet, Youtube e redes sociais.  

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