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Sudão

Pelo menos 87 corpos encontrados em vala comum no Darfur, no oeste do Sudão

A ONU revelou esta quinta-feira que foram descobertos os corpos de pelo menos 87 pessoas numa vala comum no Darfur, no oeste do país, um dos epicentros do conflito que opõe desde 15 de Abril, o chefe do exército, o general Abdel Fattah Al Burhane ao chefe dos paramilitares das forças de apoio rápido, o general Mohamed Daglo. Isto sucede numa altura em que se reúnem no Cairo, os países vizinhos do Sudão para tentar encontrar uma solução.

Corpo coberto junto de um edificio destruído durante as violências em El-Geneina, capital do Darfur ocidental. Foto do dia 16 de Junho de 2023.
Corpo coberto junto de um edificio destruído durante as violências em El-Geneina, capital do Darfur ocidental. Foto do dia 16 de Junho de 2023. © AFP
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De acordo com o Alto-Comissariado da ONU para os Direitos do Homem, as vitimas encontradas na vala comum, foram mortas entre 13 e 21 de Junho nos distritos de Al-Madaress e Al-Jamarek, no Darfur ocidental, na sequência dos confrontos ocorridos depois do assassinato no dia 14 de Junho do governador local, Khamis Abdullah Abakar, pouco depois de ter sido detido pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido.

Segundo a ONU, a população local foi obrigada pelos paramilitares a enterrar na vala comum essas pessoas, muitas delas pertencentes à tribo Masalit. A mesma fonte refere que depois das violências do mês passado, muitos corpos foram deixados na rua e os feridos não foram autorizados a ser evacuados para os hospitais, alguns deles acabando por morrer por falta de cuidados.

Ao condenar "com a maior firmeza o assassínio de civis e de pessoas que não participam nos combates" e dar conta da sua "consternação" pela falta de respeito aos defuntos e às suas famílias, a ONU exigiu "um inquérito rápido, profundo e independente" e que os responsáveis sejam julgados.

Isto acontece numa altura em que hoje decorre no Cairo uma reunião juntando os líderes dos países vizinhos do Sudão, no intuito de procurar pistas de resolução da crise naquele país. De acordo com dados oficiais, desde Abril, o conflito já causou 3 mil mortos e 3 milhões de refugiados e deslocados.

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