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União Africana

Arranca em Addis Abeba 37a cimeira da União Africana

Inicia neste sábado, 17 de Fevereiro, a 37a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Addis Abeba, na Etiópia. Mais de trinta líderes políticos vão debater as crises que se vivem no continente, abalado por golpes de Estado, mudanças inconstitucionais e conflitos globais.

 Bandeiras dos Estados membros da União Africana na sede da UA em Adis Abeba, 15 de Fevereiro de 2024.
Bandeiras dos Estados membros da União Africana na sede da UA em Adis Abeba, 15 de Fevereiro de 2024. AFP - MICHELE SPATARI
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Durante o fim-de-semana, os chefes de Estado e de Governo da União Africana vão procurar respostas para as crises que se vivem no continente, abalado por golpes de Estado, mudanças inconstitucionais e conflitos.

De acordo com o economista e professor universitário Carlos Lopes a saída do Mali, Burkina Faso e Níger da CEDEAO, a crise política no Senegal e a falta de fundos para o sistema de Paz e Segurança da União Africana vão marcar a agenda dos líderes africanos.

Conflitos Globais

Os conflitos globais serão igualmente debatidos durante a 37ª cimeira da organização pan-africana. A presença anunciada do primeiro-palestiniano,Mohammad Chtayyeh, vai colocar as atenções na guerra de Gaza.

O Presidente da Comissão da UA, no discurso de abertura da 44ª sessão do Conselho Executivo da UA, lembrou que a União Africana, desde o início do conflito no Médio Oriente, defendeu o fim das hostilidades, a libertação dos reféns e prisioneiros e a solução de dois Estados. A União Africana recusou o pedido de Israel para assistir a esta cimeira como Estado observador.

As implicações da guerra da Ucrânia e dos ataques no Mar Vermelho, os conflitos no Sudão, a ameaça jihadista na Somália, a Líbia dividida a exposição do Sahel ao terrorismo e a tensão na RDC vão estar igualmente na ordem dos debates.

Rdc na ordem do dia

Ontem, o Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, encontraram-se, em Addis Abeba, durante a na cimeira extraordinária convocada por João Lourenço para debater a situação de paz no Leste da Rdc. De acordo com uma fonte próxima da delegação congolesa, Félix Tshisekedi voltou a acusar o Ruanda de apoiar o grupo M23, enquanto Paul Kagame se manteve na defensiva. A reunião durou cerca de duas horas, os trabalhos foram suspensos ao final da noite e deverão ser retomados neste sábado.

G20 e Lula da Silva

A entrada da União Africana no G2O e a presença do Presidente brasileiro, Lula da Silva, convidado de honra desta cimeira e que preside actualmente o G20, darão espaço aos chefes de Estado para definirem a política africana nesta organização.

Este fim-de-semana será feita a passagem de poder entre as Comores- que ocupa a presidência rotativa da União Africana- e a Mauritânia deve ser confirmada na liderança da organização nos próximos doze meses.

Angola deverá apresentar a candidatura para a presidência rotativa da União Africana em 2025.

Os chefes de Estado de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique marcam presença na cimeira.

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