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Moçambique

Governo cede face aos protestos dos moçambicanos

 O governo moçambicano anuncia contenção das despesas públicas, para subsidiar o congelamento do aumento das tarifas da água, energia e pão.

Polícia moçambicana e manifestantes em Maputo, capital de Moçambique.
Polícia moçambicana e manifestantes em Maputo, capital de Moçambique. REUTERS
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Na sequência do movimento social de protesto contra o aumento do custo de vida, ocorrido um pouco por todo o país na semana passada, o governo reunido em Conselho de Ministros extraordinário, decidiu ontem (terça-feira) ceder aos protestos e reivindicações dos trabalhadores, e subsidiar o congelamento dos aumentos dos preços de alguns bens essenciais (água, energia e pão), através de contenções nas despesas públicas, designadamente o congelamento do aumento de salários e subsídios dos quadros do Estado e a redução das suas viagens aéreas.

Em declarações proferidas ontem, momentos depois de ter colocado uma coroa de flores na Praça dos Heróis, por ocasião da celebração do 36° aniversário da assinatura dos Acordos de Lusaka, a 7 de Setembro de 1974, que puseram termo ao colonialismo português, o presidente Armando Guebuza anunciou  que vai estudar medidas adicionais, para resolver as causas do descontentamento popular.

 Orfeu Lisboa, um dos nossos correspondentes em Maputo, ouviu as declarações de Aiuba Cuereneia, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique. 

01:57

Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo, com declarações do Ministro do Planeamento Aiuba Cuereneia

 O balanço oficial destas manifestações é de 13 mortos, mais de 500 feridos e cerca de 300 detenções em todo o país, com destaque para as cidades de Maputo, Matola, Xai-Xai, Beira, Tete, Nampula e Chimoio.

Entretanto, e face à polémica desencadeada pelo facto de a polícia ter disparado contra os manifestantes com balas reais ou não, a família de uma das vítimas mortais vai acionar um processo contra a Polícia da República de Moçambique, que acusa, citando fontes médicas, de ter morto com balas reais o seu familiar.

Recorde-se que logo no dia 1 de Setembro, primeiro dia das manifestações e mal anunciadas as primeiras mortes, o porta voz da Polícia de Moçambique, Pedro Cossa, citado pela Agência Lusa, afirmou que a polícia não utilizara balas reais.
 

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