Moçambique na 165ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano

Moçambique voltou a registar as tendências mais positivas da região no que diz respeito a desenvolvimento humano. Mesmo assim, o país aparece na 165ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, um relatório da autoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Capa do Relatório de Desenvolvimento Humano 2010 www.pnud.org.br

Desde 1992 que Moçambique regista “significativos progressos no desenvolvimento humano” e, desde 2000, que se encontra no “top 10” dos que mais progrediram. O estado moçambicano teve uma taxa de crescimento total acima dos 38% entre 1990 e 2000. Números que o colocam em 10° lugar no mundo. Todavia, o PNUD ressalva que Moçambique está no fim da tabela.

O relatório destaca a evolução de Maputo em termos de crescimento económico e, também, “em aspetos de não-rendimento”, como a esperança de vida e o acesso ao ensino primário.

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Aiuba Cuereneia, Ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique

O documento assinala que o país registou progressos no campo da educação, saúde e em várias outras áreas sociais, mas relata com preocupação o “crescimento das desigualdades” no país, onde os elevados níveis de crescimento económico não beneficiam as classes mais desfavorecidas.

Aquando da apresentação em Maputo do Relatório de Desenvolvimento Humano 2010, Jocelyn Mason, representante do PNUD em Moçambique sublinhou que se nota “um crescimento da desigualdade. Os altos níveis de crescimento económico não estão a beneficiar os membros mais pobres da sociedade. Ligado a esta preocupação, vemos que o número de pessoas que sofre privações graves é ainda muito elevado”.

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Jocelyn Mason, diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em Moçambique

O PNUD destacou, ainda, que Moçambique tem pela frente desafios significativos, nomeadamente combater a crescente desigualdade social e aumentar o ritmo de desenvolvimento.

Em Maputo, a cerimónia de apresentação do Relatório de Desenvolvimento Humano 2010 contou com a presença de inúmeros membros do Governo, do corpo diplomático e das Nações Unidas.
 

Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa