Malam contradiz Gomes Júnior
Malam Bacai Sanhá contradiz as declarações de Carlos Gomes Júnior. Em comunicado a Presidência da guineense diz-se "preocupada" com as palavras do chefe do Governo e, contrariamente ao que foi dito, quer intensificar o diálogo com o Conselho Nacional de Transição.
Publicado a:
A Presidência da Guiné-Bissau emitiu, esta sexta-feira, um comunicado no qual se mostra "preocupada com a declaração do Primeiro-Ministro e, sobretudo, pela interpretação que foi feita".
Este comunicado vai no sentido contrário das palavras do Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior. "A Presidência não vai na mesma direcção" que as declarações do chefe do Governo e, por outro lado, quer "intensificar o diálogo com as novas autoridades da Líbia". De acordo com o texto, esta intensificação das conversações com o Conselho Nacional de Transição (CNT) têm como objectivo "conservar as relações bilaterais saudáveis e cimentar os laços de fraternidade e de parentesco que unem o povo líbio e o povo guineense".
No dia 10 de Setembro, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou que se Muammar Kadhafi decidisse ir para Bissau seria "muito bem-vindo".
Gomes Júnior disse que a Guiné-Bissau é solidária com o povo líbio, contudo "o presidente Kadhafi merece-nos todo o respeito". Isto porque, "Kadhafi, durante o seu mandato, sempre apoiou a Guiné-Bissau, as obras e o apoio que ele deu estão visíveis, não escondemos nada", acrescentou o chefe do Governo
"Não estamos com o mandato internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), não aderimos à convenção de Roma, portanto somos livres, enquanto Estado, de acolhermos os nossos amigos", concluiu Carlos Gomes Júnior.
Mussa Baldé, correspondente em Bissau
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro