CEDEAO/MALI/GUINÉ-BISSAU

Cedeao aplica sanções contra junta no Mali

A CEDEAO confirmou nesta segunda-feira em Dacar sanções contra a junta militar maliana não obstante os golpistas terem restabelecido na véspera a constituição do país. Noutro plano a organização confiou ao presidente da Guiné Conacri o cargo de mediador para o impasse eleitoral na Guiné-Bissau.

Publicado a: 02/04/2012 - 20:56

Passagem de testemunho em Dacar, da presidência senegalesa entre Abdoulaye Wade e Macky Sall Reuters

Por: RFI

A Comunidade económica dos Estados da África ocidental (CEDEAO) na cimeira extraordinária de Dacar, Senegal, a 2 de Abril de 2012, confirmou sanções contra a junta militar maliana.

Este é um dispositivo incluindo medidas diplomáticas, económicas e financeiras, nomeadamente, que só serão levantadas caso a ordem constitucional seja efectivamente restabelecida.

Porém na véspera os golpistas já tinham anunciado em Bamaco o restabelecimento da constituição maliana.

A CEDEAO decretou também a implementação imediata da sua força militar de prevenção.

Os chefes militares da organização regional dever-se-ão reunir ainda esta semana na Costa do Marfim sobre este assunto numa altura em que o norte do Mali está sob controlo de tropas rebeldes com a própria junta a pedir meios militares para combater os tuaregues e movimentos islamistas ali activos.

Jorge Carlos Fonseca, presidente da república de Cabo Verde, fez o balanço desta cimeira.

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Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde, sobre a CEDEAO

A reunião da CEDEAO sobre o Mali ocorreu em Dacar após a tomada de posse do novo presidente senegalês Macky Sall, vitorioso da segunda volta das eleições contra o presidente cessante Abdoulaye Wade.

O chefe de Estado cabo-verdiano referiu-se à transição senegalesa como a constatação de que a democracia neste país vizinho do seu é uma realidade.