Militares guineenses prometem responder a força internacional
O comando militar que tomou o poder a 12 de Abril na Guiné-Bissau promete responder em caso de "invasão". Uma reacção ao projecto de envio de uma força internacional que fora pedido nesta quinta-feira no Conselho de segurança da ONU.
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas ainda não tomou nenhuma posição acerca do envio eventual de uma força internacional de estabilização para a Guiné-Bissau.
No entanto a mera ideia de um tal contingente provocou já reacções por parte do comando militar guineense que promete responder em caso de "invasão" como referiu Daba Na Walna, porta-voz da junta.
Daba Na Walna, sobre força internacional de interposição
Este criticou abertamente Georges Chicoti, chefe da diplomacia de Angola, em relação às ameaças proferidas na ONU contra os golpistas.
Daba na Walna sobre Georges Chicoti
O ministro angolano dos negócios estrangeiros falou na ONU, em Nova Iorque, em nome da presidência angolana da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, apelando à constituição de uma força e prometendo sanções contra os golpistas e respectivos aliados.
Georges Chicoti
Já o chefe da diplomacia da Guiné-Bissau, Mamadu Djaló Pires, implorara ao envio de uma força internacional para por cobro às múltiplas interferências dos militares na vida política.
Mamadu Djaló Pires
Posições que vieram a público após o anúncio da criação de um Conselho nacional de transição e a dissolução dos órgãos de soberania.
O PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até ao golpe de Estado, veio através de Fernando Mendonça, responsável da comunicação, rejeitar esta transição e anunciou a criação de uma frente anti-golpe com outros oito partidos políticos.
Fernando Mendonça
O nome de Serifo Nhamadjo fora apontado como possível presidente de transição.
Porém o presidente interino do parlamento, advoga uma resolução constitucional aos problemas com que se debate o país.
Serifo Nhamadjo
A diáspora guineense continua a manifestar-se contra o golpe de Estado. Foi o caso nesta sexta-feira em Paris onde uma centena de manifestantes de um colectivo de guineenses, simpatizantes e amigos da Guiné-Bissau se deslocou até à Embaixada pedindo, nomeadamente, a libertação do primeiro-ministro e presidente interino guineenses.
Jorge Albino Monteiro, da organização explicou a André Ferreira o motivo deste protesto.
Jorge Albino Monteiro
Já no terreno o êxodo da capital guineense continua e a preocupação é a tónica dominante.
Liliana Henriques, a nossa enviada especial, foi ao encontro dos guineenses.
Ouça aqui a reportagem de Bissau :
Reportagem de Liliana Henriques
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