Rui de Barros primeiro-ministro da Guiné-Bissau
O engenheiro informático Rui de Barros foi nomeado esta quarta-feira primeiro-ministro de transição pelo presidente interino guineense. Ele deverá conduzir a Guiné-Bissau até à realização de eleições no prazo de um ano. E isto no dia em que os presidente e primeiro-ministro depostos chegaram a Portugal alegando estar determinados em voltar para o país.
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Rui de Barros deve tomar posse nesta quinta-feira. A sua nomeação pelo presidente interino designado pela CEDEAO (Comunidade económica dos Estados da África ocidental) permitiria a viabilização de uma transição de um ano.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau, traça, nomeadamente, o perfil de Rui de Barros.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau
O tenente coronel Daba Na Walna, porta-voz do comando militar, confirmou a assinatura no mesmo dia de um Pacto de transição política pelo presidente em exercício da Assembleia, Sori Djaló, e por partidos políticos.
Daba Na Walna, porta-voz do comando militar guineense
O PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até ao golpe de Estado não assinou, porém, o documento pelo que a nomeação do primeiro-ministro interino foi logo rejeitada em Lisboa por Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto pelo golpe de Estado de 12 de Abril, referindo-se a esta situação como "passageira" e descartando pactuar com "actos ilícitos".
Este governante e Raimundo Pereira, presidente interino também deposto, chegaram nesta quarta-feira a Portugal provenientes da Costa do Marfim para onde tinham sido transferidos pela CEDEAO no âmbito de um acordo com o comando militar que tomou o poder na Guiné-Bissau.
Anabela Góis, correspondente em Lisboa, tem mais informação.
Anabela Góis, correspondente em Lisboa
Fali Embaló, embaixador guineense em Portugal, acolheu os dois dirigentes depostos e descreveu a Cristiana Soares o estado aparente globalmente satisfatório em que eles se encontravam à sua chegada a Lisboa.
Fali Embaló, embaixador da Guiné-Bissau em Portugal
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