SADC não vai intervir no Lago Niassa
O secretário executivo da SADC, pediu hoje, em Maputo, às autoridades do Malawi e da Tanzânia para resolverem o diferendo do Lago Niassa com a descrição necessária. Tomaz Salomão revelou que a SADC não interveio e nem pretende intervir nesta questão.
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Tomaz Salomão, secretário executivo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), afirmou, esta terça-feira, que a SADC não vai intervir no diferendo que opõe o Malawi à Tanzânia na partilha do Lago Niassa. Tomaz Salomão referiu que a tomada de posição deve ser da União Africana ou da Organização Nações Unidas.
Moçambique, Malawi e Tanzânia partilham as águas do Lago Niassa, de onde constam rumores de existência de jazidas de petróleo e gás. A linha de fronteira entre o Malawi e a Tanzânia, neste lago, foi estipulada em 1890 por um Tratado entre a Alemanha e o Reino Unido.
No mês passado as autoridades da Tanzânia advertiram o Malawi para que pusesse termo à prospecção efectuada no Lago Niassa. O Malawi recusou fazê-lo e alegou estar a pesquisar nas suas águas territoriais. Desde essa altura, que se assiste a uma escalada das ameaças verbais entre os dois estados.
Em conferência de imprensa sobre os preparativos da 32ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, marcada para sexta-feira e sábado, em Maputo, o moçambicano Tomaz Salomão insistiu na necessidade de diálogo entre os dois países.
Carlos Jossia, correspondente em Maputo
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