Já arrancou a campanha eleitoral na Guiné-Bissau
Na Guiné-Bissau arrancou hoje a campanha eleitoral para as eleições gerais de treze de Abril no país, dois anos depois do golpe de Estado militar que depôs o regime do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. A campanha termina a 11 de Abril.
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Nos próximos vinte e um dias partidos e candidatos vão apresentar argumentos tendo em vista a formação do próximo governo constitucional e a presidência da Guiné-Bissau. A campanha eleitoral arranca ensombrada pelas dificuldades económicas da população motivadas pelo isolamento internacional ao qual está sujeito o país desde o golpe de Estado de 2012.
Para além das questões económicas a inquietação política está também a ofuscar o processo, isto porque horas antes do arranque da campanha eleitoral um candidato do PAIGC foi convocado ao tribunal militar e um outro do PRS foi espancado alegadamente por homens armados. Fontes do partido dizem que o dirigente em causa, Mário Fambé, vai precisar de tratamento médico especializado fora do país.
Mário Fambé foi sequestrado na quarta-feira por homens armados e detido nas instalações militares e foi solto no dia de ontem. Um episódio que leva os partidos a denunciarem um clima de intimidação e a Liga guineense dos Direitos Humanos a afirmar que há forças ocultas que querem perturbar a democracia.
Esta manhã a comunidade internacional reuniu-se com o presidente de transição, Serifo Nhmadjo, para dirigir um aviso aos militares do país, o representante das Nações Unidas, José Ramos Horta, referiu-se às agressões ocorridas a um candidato a deputado do PRS como um acto "inaceitável".
Mais informação com Mussá Baldé.
Correspodência da Guiné-Bissau
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