Moçambique : negociações atrasam cessação das hostilidades

O Governo moçambicano e o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), reuniram-se esta segunda-feira na 72ª ronda das negociações políticas. As negociações com vista à cessação das hostilidades moçambicanas voltaram a falhar.

Armando Guebuza, Presidente da Repúbica de Moçambique e Afonso Dhlakama, líder da Renamo comunidademocambicana.blogspot.com

O Governo moçambicano e o maior partido da oposição, a Renamo, voltaram e estar reunidos esta segunda-feira para discutirem as fórmulas de integração dos homens da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique e na Polícia da República de Moçambique.

Na 72ª ronda de negociações, com vista ao fim da crise política e militar moçambicana, o Governo defendeu que as duas parte têm de trabalhar para encontrar a melhor forma de assinar o acordo de cessação das hostilidades militares. Por um lado, a Renamo reiterou que está em condições de assinar o acordo sobre o fim da violência militar no país e acusa o Governo de estar a arrastar o processo.

A Renamo exige que o documento “termos de referência da missão de observadores militares internacionais" seja submetido a aprovação da Assembleia da República. O documento prevê a presença de observadores internacionais, o cessar-fogo e a desmobilização dos homens da Renamo.

A divergência em torno das condições de assinatura do acordo para pôr temo à violência militar no país mantém-se entre o Governo e a Renamo. Em discussão está a elaboração do documento “Memorando de Entendimento”, assinado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama.

Na última semana, a Lei da Amnistia foi aprovada pela Assembleia da República e promulgada pelo Presidente Armando Guebuza. No entanto, a lei não foi pública no Boletim da República.