Exoneração do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonerou o general António Indjai do cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas por decreto presidencial tornado público ontem à noite, um texto que teve entrada imediata em vigor.

O general António Indjai em Novembro de 2012 em Bissau. REUTERS/Joe Penney/Files

O presidente guineense justifica a decisão "considerando que o processo de transição política terminou com a tomada de posse dos órgãos de soberania democraticamente eleitos", tratando-se agora de nomear um novo Chefe das Forças Armadas.

Nesta óptica, o Chefe de Estado manteve esta tarde uma reunião do Conselho de Defesa, no final da qual, o director do gabinete do Presidente indicou que o novo líder do exército guineense seria conhecido até ao final desta semana. Entretanto, as consultas políticas prosseguem ainda esta terça-feira mas jà no quadro desta vez do conselho de ministros, reunião ao cabo da qual deverão ficar definidos os passos seguintes no que diz respeito às Forças Armadas.
Mais pormenores com Mussa Baldé.

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Mussa Baldé, correspondente da RFI em Bissau

Refira-se que António Indjai passou a liderar o exército guineense quando a 1 de Abril de 2010 destituiu o então Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta. Dois anos a seguir, após vários momentos de tensão com o governo então chefiado por Carlos Gomes Júnior, o general António Indjai liderou um golpe de Estado a 12 de Abril de 2012, ao qual se seguiu um período de transição em que o país esteve internacionalmente isolado.

Durante esses dois anos também, o exército guineense esteve no visor da comunidade internacional e nomeadamente dos Estados Unidos que a 18 de Abril de 2013 acusaram António Indjai de participação numa vasta operação de tráfico de drogas e armas.