Primeiro-Ministro reformula executivo em Cabo Verde

O primeiro-ministro de Cabo Verde anunciou hoje uma “ligeira” remodelação governamental, com destaque para o Ministério das Relações Exteriores, cujo titular, Jorge Borges, é substituído pelo até agora responsável pela Defesa, Jorge Tolentino. 

José Maria Neves, Primeiro-Ministro de Cabo Verde CaptainTom/Wikipédia

A remodelação, comunicada por José Maria Neves numa conferência de imprensa, iniciada com cerca de uma hora de atraso, inclui a saída de três governantes e a entrada de outros tantos, além de alterações na estrutura executiva.

Leonesa Fortes, até agora presidente do Instituto Nacional da Previdência Social, assume a nova pasta do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, que juntará também Comércio, Indústria e Energia. Jorge Tolentino deixa a pasta da defesa e presidência de conselho de ministros para assumir os ministérios das Relações Exteriores.

O ministro Rui Semedo mantém a pasta das dos Assuntos Parlamentares acumulando agora a Defesa perdendo, no entanto, a tutela da Comunicação Social que passa para Démis Lobo, até hoje líder do PAICV no Sal, e que agora é ministro da presidência do Conselho de Ministros.

O novo governo tem mais duas caras novas, Hesana Carvalho e Maria Jesus Miranda que assumem os cargos de secretárias de Estado das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, respectivamente.

Desta mexida no governo saem os ministros Jorge Borges que tutelava até agora a pasta das Relações Exteriores e Humberto Brito responsável pelo ministério do Turismo, Indústria e Energia, assim como o secretário de Estados dos Recursos Marítimos, Adalberto Vieira.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse que se trata de um reforço da equipa das Finanças tendo em atenção que há profundas reformas em curso, designadamente as privatizações.

Os dois partidos de oposição reagiram a esta remodelação. Ulisses Correia e Silva - presidente do MPD- disse que as mudanças anunciadas pelo chefe do executivo mostram que o governo não tem soluções e que "o PAICV está no fim da linha". Opinião partilhada pelo presidente da UCID, António Monteiro, que afirmou que esta remodelação governamental demonstra "incapacidade do governo".

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Correspondência de Cabo Verde