CNE de Moçambique admite repetição de eleições em casos litigiosos
A Comissão nacional de eleições de Moçambique não descarta a repetição do escrutínio do passado dia 15 nos locais onde se teriam registado irregularidades. A CNE garante a divulgação nesta quinta-feira, às 15 horas, dos resultados oficiais das eleições gerais, já muito contestados pela oposição, nomeadamente a Renamo.
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Paulo Cuinica, porta-voz da CNE de Moçambique, começou por admitir que a cerimónia de proclamação dos resultados desta quinta-feira seria aberta a observadores e membros das candidaturas.
Paulo Cuinica, porta voz da CNE de Moçambique
Esta cerimónia ocorre num clima particularmente tenso, no dia em que os observadores internacionais, nomeadamente, se mobilizam pelas várias províncias para supervisionar o acordo de cessação de hostilidades.
Todavia o contingente britânico ainda não está operacional. Ora seria este efectivo que deveria monitorar as operações na estratégica província central de Sofala, reduto da Renamo, local onde se registaram a maior parte dos confrontos até ao acordo de 5 de Setembro passado,
A maior força da oposição, ameça impugnar os resultados contestando os dados avançados no centro e norte ou ainda na província meridional de Gaza para a qual reclama uma divisão a meias dos deputados eleitos à Assembleia da república com a Frelimo, partido no poder, ou a respectiva invalidação.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo, tem mais informação.
Correspondência de Moçambique
Mensagens por sms teriam acusado os embaixadores de Portugal, dos Estados Unidos e da Itália de estarem por detrás da recusa da Renamo, nomeadamente, em aceitar os resultados.
Este grupo de diplomatas deslocara-se à Gorongosa para convencer o líder da Renamo a voltar a Maputo e a disputar as eleições.
O embaixador português, José Duarte, classificou já estas informações de "calúnia".
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