Pedro Abrunhosa arrancou em Paris neste fim de semana uma digressão com o seu mais recente espectáculo « Inteiro » retraçando mais de 20 anos de canções distribuídas em sete discos.Paris, Luxemburgo e, a seguir, uma digressão portuguesa que o levarà a revisitar estas mais de duas décadas de músicas entre o jazz, o funk, o rock, as baladas e até um piscar de olhos ao fado.
O músico português alega ter sido uma aposta ganha o facto de arrancar o seu espectáculo "Inteiro" em Paris na emblemática sala do Olympia, numa noite em que a capital francesa cantou em uníssono as suas canções.
Pedro Abrunhosa e o seu concerto parisiense do Olympia
Pedro Abrunhosa fez questão em reivindicar também o slogan "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), numa referência ao lema de indignação que a França protagonizou após os atentados parisienses de 7 de Janeiro.
O semanário satírico "Charlie Hebdo" fora o alvo de um ataque de dois terroristas que mataram doze pessoas alegando querer vingar o profeta Maomé devido à publicação de caricaturas do profeta dos muçulmanos pelo jornal parisiense.
Pedro Abrunhosa e os atentados em Paris
No entender do artista luso a ocorrência dos atentados de Paris, contra o Charlie Hebdo e também contra uma mercearia judaica, permitiram clarificar as motivações do auto-denominado grupo Estado islâmico, uma luta supostamente em nome de Deus quando nenhum Deus apela a que se mate outro ser humano.
Pedro Abrunhosa e a sua leitura do grupo Estado Islâmico
No seu último álbum de originais "Contramão" constava a faixa "Para os braços da minha mãe", uma ilustração da emigração em massa de jovens portugueses na actualidade em plena crise financeira e que ganha particular actualidade no seu concerto parisiense.
O artista critica o facto de não se ter conseguido travar esta hemorragia de cérebros lusos que partem para o estrangeiro.
Pedro Abrunhosa e a hemorragia de jovens talentos portugueses para o estrangeiro
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