Saída de cena do antigo Presidente de Moçambique suscita reacções
O fim ontem da quarta sessão ordinária do comité central da Frelimo marcado pela demissão do antigo Presidente Armando Guebuza do seu cargo de líder do partido e a passagem de testemunho ao actual chefe do Estado Filipe Nyusi, eleito com mais de 98% dos votos, não deixou de suscitar reacções nomeadamente no seio da oposição assim como na sociedade civil.
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O líder da Renamo, maior partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, afirmou que a eleição de Filipe Nyusi na chefia da Frelimo vai melhorar o diálogo político em construção entre as duas maiores forças do país.
"A renúncia de Guebuza abre espaço e condições para que a Renamo e o governo possam levar a bom termo o diálogo político em curso", declarou o líder da Renamo, enquanto por outro lado, o economista moçambicano Ragendra de Sousa considerava que a demissão de Armando Guebuza "é um bom sinal para os investidores".
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
No mesmo sentido, Adriano Nuvunga, coordenador do CIP - Centro de Integridade Pública de Moçambique, considera positiva a decisão de Guebuza deixar a dianteira do partido no poder em Moçambique. Ao referir que esta decisão vai contribuir para facilitar a governação do país, Adriano Nuvunga considera igualmente que poderia facilitar a abertura de um inquérito sobre as suspeitas de irregularidades nas negociações de contratos entre a empresa italiana ENI e o ex-presidente Guebuza.
Adriano Nuvunga, coordenador do CIP, entrevistado por Liliana Henriques
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