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África

Burkina Faso aguarda pela saída da crise

Os mediadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)  propuseral esta noite em Ouagadougou um "projecto de acordo político para uma saída da crise" no Burkina Faso, restaurando o poder ao Presidente em transição Michel Kafando, destituído das suas funções na quarta-feira à noite por um golpe de Estado militar. 

Ouagadougou, capital do Burkina Faso
Ouagadougou, capital do Burkina Faso REUTERS/Joe Penney
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Este acordo deverá ser apresentado terça-feira, 22 de Setembro, na União Africana (UA) no decorrer da uma sessão extraordinária, prevendo manter as eleições legislativas e presidenciais para 22 de Novembro incluíndo os candidatos com ligações ao antigo Presidente Blaise Compaoré, este que foram excluidos nos últimos meses em seguimento a uma lei votada pela Assembleia em transição.

Especulações e rumores circulavam nesta manhã de domingo na entrada no hotel Laico da capital do Burkina Faso onde decorreram, este fim-de-semana, negociações entre os mediadores da CEDEAO, nomeadamente, o seu presidente o Macky Sall e o Presidente do Benin Boni Yayi com os autores do golpe de Estado de quarta-feira passada e a sociedade civil.

O presidente do Benin, Boni Yayi, anunciou em conjunto com o porta-voz do general Gilbert Diendéré uma boa nova para o Burkina Faso; "todos os actores vão reunir-se para anunciar a boa nova ao mundo. Quando anunciei que o general tinha boas intenções sim, estou em pose de informação que me permitem dizer que é o regresso à transição, sim".

00:19

Presidente do Benin, Boni Yayi

A sociedade civil no Burkina Faso, e em particular o colectivo Balai Citoyen apelou ao restabelecimento da paz pedindo que fosse anunciado "de forma clara; que alguns dos pontos das negociações do acordo em curso não são negociáveis."

00:20

Colectivo do Burkina Faso Balai Citoyen

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, condenou o golpe de Estado no Burkina Faso, apelando à realização de eleições que devolvam ao país africano a normalidade democrática. Segundo o general angolano Silva Mateus o provável regresso do presidente de transição Michel Kafando, como fora solicitado pela CEDEAO, "seria contraditório ao golpe de Estado de Estado" liderado por Gilbert Diendéré.

00:43

General angolano Silva Mateus

 

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