Conselho Executivo da União Africana arrancou ontem

Arrancou nesta Quarta-feira, em Addis Abeba, capital da Etiópia, a 28ª sessão ordinária de Conselho de Ministros. A reunião para preparar a cimeira de chefes de Estado da União Africana, que tem lugar este fim-de-semana, e que  será essencialmente marcada pela crise no Burundi.

António Téte, representante da União Africana junto das Nações Unidas RFI / Neidy Ribeiro

Os direitos humanos (com especial destaque para os direitos das mulheres) são o tema central da cimeira de chefes de Estado da União Africana que da União Africana, em Addis Abeba.

Um tema caro ao continente africano, que continua a enfrentar dificuldades em se organizar sobre esta temática. Até ao momento, apenas 24 dos 54 Estados membros ratificaram o protocolo que visa a criação de um Tribunal dos direitos humanos e dos povos.

UA e a crise no Burundi

A organização panafricana já tinha declarado o ano de 2015 como o ano da “autoproclamação da mulher » corre o risco de mais uma vez relegar para segundo plano esta temática.

A actual crise no Burundi impõe-se e a União Africana vai ter de encontrar até domingo uma solução para o país que se afunda no caos político.

Antonio Tété, representante da União Africana , reconhece a gravidade da situação, todavia acredita que as partes vão chegar a um entendimento.

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António Tété sobre o Burundi

Sucessão de Dlamini Zuma

Outro assunto que vai estar em debate é a succesão da presidente da Comissão da União Africana. O mandato de Dlamini-Zuma termina no final de Julho e já se fala sobre qual é que será o seu futuro.

Há quem avance que Dlamini Zuma se vai concentrar na politica sul-africana para se apresentar à eleição presidencial de 2019.

Ainda nesta cimeira ficaremos a conhecer as novas caras dos membros do Conselho de Paz e Segurança e serà escolhido um membro do Comité africano como perito dos direitos e bem estar da criança.

Antonio Tété, representante da União Africana junto das Nações Unidas, afirma que as questões jurídicas tem até agora impedido os estados membros de avançar nesta questão.

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António Tété sobre direitos das mulheres

A participar nos trabalhos de Addis Abeba está também Ismael Martins, embaixador angolano junto das Nações Unidas, comentou os casos de justiça que marcam a actualidade angolana,  reconhecendo que o país pode ter ido longe demais nalguns casos.

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Ismael Martins, embaixador angolano junto da ONU