O parlamento angolano aprovou esta semana na generalidade, a polémica alteração à lei sobre as eleições, sem os votos dos cinco partidos da oposição que abandonaram a sala, considerando que este pacote é inconstitucional e visa preparar uma nova fraude nas eleições gerais agendadas para 2017.Entre outros pontos, o recenseamento que começa dia 25 de Agosto, será efectuado pelo Ministério da Administração Territorial e não pela CNE, Raúl Danda, vice-presidente da UNITA afirma que "na administração em Angola...não estão os angolanos, estão os militantes do MPLA...os nossos colegas do MPLA com muita arrogância uitlizam essa maioria para poder chegarem de novo ao poder".A oposição votou também em bloco contra o não menos controverso novo pacote legislativo para a comunicação social, que para Raúl Danda é "uma intromissão indevida do executivo".O deputado eleito por Cabinda, comenta ainda o orçamento rectificativo para 2016, que será aprovado na próxima segunda-feira e prevê 45% de inflação, um crescimento económico de 1,3% do PIB (em vez dos 3,3 previstos) e uma dívida pública que deverá ultrapassar os 70% do PIB, quando o limite legal é de 60%.Raúl Danda aborda ainda o chumbo pelo MPLA dos pedidos de investigação apresentados pela UNITA ao ataque à sua delegação parlamentar em Benguela e à nomeação de Isabel dos Santos para PCA da Sonangol, mas também as demolições no Zango, quando a polícia acusa a UNITA de ter provocado os confrontos que culminaram na morte de um jovem.
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HRW denuncia a utilização de 'crianças-soldados' no ataque contra Macomia em Cabo Delgado
Em comunicado emitido nesta quarta-feira, a Human Right Watch afirmou que o grupo armado que atacou na sexta e sábado passados a vila de Macomia em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, usou crianças soldado para invadir e pilhar a localidade. A ONG de defesa dos Direitos Humanos que se baseia em testemunhos locais, estima que pelo menos 20 crianças participaram na ofensiva, não sendo contudo claro se também estiveram envolvidas nos próprios combates contra as forças governamentais no terreno.15/05/202410:52 -
Guiné-Bissau: Governo relativiza críticas e defende substituição de “mangueiras centenárias”
Muitas são as vozes que têm vindo a público denunciar o abate indiscriminado de árvores centenárias na cidade de Bissau. Constantino Correia, antigo director das Florestas da Guiné-Bissau, sublinha um processo de requalificação da cidade feito sem estudos e cujo efeito imediato é o aumento da temperatura. Posição diferente tem o executivo, que diz tratar-se de um processo normal de substituição de “árvores velhas”, que "já atingiram o seu clímax".15/05/202409:05 -
Fórum económico promete recorde de investimento estrangeiro em França
O Palácio de Versalhes, em França, acolhe, esta segunda-feira, 180 líderes de empresas estrangeiras durante a 7ª edição do fórum económico "Choose France", uma iniciativa do Presidente francês. O Eliseu anunciou que há promessas de investimento no país de mais de 15 mil milhões de euros, através de 56 projectos. “Um recorde” e uma oportunidade para empresas locais e para a criação de emprego, explica o economista Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio Franco-Portuguesa.13/05/202411:24 -
Chade: Vitória de Mahamat Idriss Déby é “mais do mesmo?”
No Chade, esta quinta-feira, Mahamat Idriss Deby Itno foi declarado vencedor das eleições presidenciais, três anos depois de ter tomado o poder através de um golpe militar, na sequência da morte do seu pai. Os resultados oficiais provisórios dão-lhe 61,03% dos votos, seguido de Succès Masra que obteve 18,53% e que contestou os resultados. A RFI conversou com Leonel Claro, que mora no sul do Chade, e que considera que “é mais do mesmo” no cenário político do país.10/05/202409:55 -
Moçambique: Profissionais de saúde ameaçam encerrar unidades sanitárias
Os profissionais de saúde de Moçambique decidiram prolongar a greve por falta de consenso com o Governo, que acusam de não apresentar “medidas concretas para satisfazer as necessidades da população”. O presidente da Associação de Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, garante que se o Governo “continuar com o braço de ferro”, vão encerrar as unidades sanitárias.07/05/202407:28