Enfermeiros de Luanda em greve
As unidades sanitárias afectas ao governo provincial de Luanda estão em greve por tempo indeterminado, até que o Ministério da Saúde cumpra as reivindicações acordadas em 2012, sindicato denuncia medidas de coacção.
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Começou esta segunda-feira (11/06) uma greve por tempo indeterminado dos enfermeiros nos postos e centros de saúde, hospitais municipais e provinciais de Luanda, onde apenas funcionam os bancos de urgência e as salas de parto.
Os hospitais de Luanda de âmbito nacional, não estão em greve para já, apesar de parte das reivindicações serem a nível de toda a classe e de todo o país.
Elísio Magalhães, secretário-geral adjunto SINDEA
A greve durará até que o governo ceda, como refere Elísio Magalhães, secretário-geral adjunto do Sindicato Nacional dos Enfermeiros de Angola - SINDEA - que ameaça com uma greve a nível nacional, que só não avançou, porque há negociações em curso com o Ministério da Saúde, que parecem estar "no bom caminho".
Elísio Magalhães denuncia ainda o facto de "a imprensa afecta ao governo provincial de Luanda diz que estão a pedir ajuda às Forças Armadas para reforçar os hospitais...isso não é justo...alguns enfermeiros estão a ser coagidos pelos gestores das unidades sanitárias".
Em Julho de 2017 a greve dos enfermeiros de Luanda foi suspensa depois de o governo ter prometido cumprir os 12 pontos do caderno reivindicativo, entre os quais o pagamento de retroactivos e subsídios, ajuste salarial, promoção dos profissionais com mais de cinco anos de serviço e abertura de um concurso público interno para os técnicos, que aumentarem os seus níveis académicos nessa área.
Para amanhã (13/06) está agendado um novo encontro entre as partes, enquanto em Cabinda foi convocada uma greve dos funcionários públicos e do sector da saúde em protesto contra a supressão de salários desde há dois meses.
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