Cabinda: FLEC-FAC apela à mediação internacional
Novos confrontos entre as Forças de Libertação do Estado de Cabinda e militares angolanos resultaram na morte de onze pessoas. O movimento independentista avisa que o conflito militar está a ameaçar a segurança dos países vizinhos e apela à mediação internacional.
Publicado a:
O porta-voz do Estado-Maior-General das FAC, António do Rosário Luciano, relata que os últimos confrontos entre as forças cabindenses e o exército angolano foram registados nos dias 19 e 20 de Junho em Mbata-Mbengi, uma aldeia fronteiriça da RDCongo.
No comunicado pode ler-se que onze pessoas terão perdido a vida, seis civis que terão sido abatidos por soldados angolanos por suspeita de apoiarem o movimento independente, quatro militares angolanos e um da FLEC-FAC. Há ainda seis pessoas que ficaram feridas nos confrontos,
A FLEC-FAC acusa o exército angolano de ter intensificado as operações militares em Cabinda, numa altura em que os separatistas lutam contra a pandemia da Covid-19 e decretaram cessar-fogo unilateral, respondendo ao apelo lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
O movimento independentista avisa ainda que o conflito militar está a ameaçar a segurança dos países vizinho e apela à mediação da Conferência Internacional dos Grandes Lagos, da SADC e dos governos dos dois congos para que se possa encontrar uma solução pacífica para o conflito militar entre Angola e Cabinda.
No início do mês de Junho, a FLEC/FAC reivindicou a morte de 13 militares das Forças Armadas Angolanas em confrontos na província de Cabinda, o governador de Cabinda negou as mortes e falou em “pura mentira para aldrabar a comunidade internacional”.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro