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Manifestação

Protestos em Cabinda terminam com várias detenções de manifestantes

Os protestos em Cabinda terminaram em várias detenções, com agressões aos manifestantes que pediam melhores condições de vida naquela província.

Cabinda, território administrado por Angola, situação contestada por movimentos independentistas.
Cabinda, território administrado por Angola, situação contestada por movimentos independentistas. ISSOUF SANOGO / AFP
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Os manifestantes denunciam que o protesto na região de Cabinda, em Angola, terminou de forma violenta devido à intervenção da polícia de bateu e deteve os manifestantes.

Segundo Alexandra Kuanda, presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda, a polícia impediu os protestos e chegou a disparar sobre os manifestantes.

"Percorremos uma distância de 200 metros no local anunciado e ali apareceu a polícia, que nos passou por trás com o carro e tentou barrar-nos à frente. O próprio comandante Evaristo desceu, começou a porretar todos aqueles que se estavam a manifestar, fizeram disparos, apropriaram-se de pertences das pessoas como telefones e fizeram detenções", descreveu o activista, indicando que a maioria dos organizadores foram detidos.

No entanto, os manifestantes defendem que o protesto foi pacífico.

"Foi um protesto pacífico. Ninguém levou armas, ninguém levou paus, ninguém levou facas. A polícia não teve nenhuma justificação [para nos deter]. Nós informámos o governador, o governador não respondeu e nós não estamos em estado de emergência ou estado de sítio, nem estado de guerra. São esses os pressupostos que a própria lei identifica como podendo trazer condicionamentos de manifestações", garantiu.

As manifestações para melhores condições de vida, incluindo mais emprego e contra a fome no páis, foram organizadas em pelo menos cinco províncias angolanas e, segundo Kuanda, os protestos só degeneraram em Cabinda.

"Quanto às provincías de Luanda ou Cuanza Norte, as manifestações passaram-se de forma pacífica, não houve intervenções da polícia de uma forma repressiva", concluiu.

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