Governo angolano entrega ossadas de dois altos dirigentes de Unita

Em cerimónia em Luanda, o executivo angolano restituiu aos familiares as ossadas de dois responsáveis da Unita mortos depois de a guerra civil recomeçar no inicio da década de 90.Foram restituídos às famílias  os restos mortais de Salupeto  e  Alicerces Mango

No dia 14 de Novembro de 202, por ocasião da entrega pelo governo dos restos mortais de Elias Salupeto Pena e Alicerces, vítimas do conflito pós-eleitoral que assolou Angola em 1992, o presidente da Unita, Isaías Samakuva considerou que não era o momento de culpabilizar quem quer que fosse pelos trágicos eventos de há 19 anos. Samakuva apelou os angolanos a unirem-se e a repetir os gestos de reconciliação. O número um do principal partido da oposição angolana considerou que os seus compatriotas devel olhar para o futuro com coragem. Portal do governo de Angola

O Governo Angolano entregou nesta segunda-feira 15 de Novembro  de 2021, em Luanda, aos familiares, as ossadas de dois dirigentes da Unita,mortos no reinício da guerra civil pós-eleitoral em 1992.

Tratam-se, das ossadas do antigo chefe da Unita na Comissão Conjunta para Paz,Salupeto Pena e  do Secretário Geral, Alcerces Mango

Em Junho de 2021, familiares dos antigos dirigentes da Unita mortos no conflito pós-eleitoral de 1992 procederam a identificação das ossadas e realizaram os exames DNA.

A  cerimónia que contou com a presença de membros do governo, partidos políticos e entidades da sociedade civil,foi organizada pela Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos.

A Comissão de Reconciliação,apesar de não reunir consenso, é vista como um passo no complexo processo para o reencontro harmonioso dos angolanos, depois da sangrenta guerra civil que causou mais de 500 mil mortos.

O  ministro  angolano da Justiça e dos Direitos  Humanos, Francisco Queiroz,  qualificou  de  erro  político  o  conflito pós-eleitoral de 1992  em Angola, do  qual  foram vítimas  fatais os  então  altos dirigentes da Unita  Elias Salupeto Pena e  Alicerces Mango.

Quanto ao presidente da Unita, Isaías Samakuva, afirmou que não é o momento para acusações, mas sim para que se repitam e prossigam os gestos de reconciliação entre os  angolanos. Samakuva apelou os seus compatriotas a unir-se e a olhar com coragem para o futuro.

No conflito  pós-eleitoral de 1992, que  levou a  retoma da  guerra  civil angolana por mais dez anos , morreram também outros elemenos da Unita, nomeadamente  Jeremias Chitunda e Eliseu Chimbili.

Ouça aqui a correspondência  de Avelino Miguel.

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Correspondência Avelino Miguel 15 11 2021