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Angola

Moxico acolhe o 3° Fórum Nacional dos Activistas Angolanos até 26 de Fevereiro

Decorre desde hoje e até ao dia 26 de Fevereiro no Moxico, no leste do país, o 3° Fórum Nacional dos Activistas Angolanos. Durante os 4 dias do fórum para o qual estão a convergir activistas de todo o país para reflectir sobre formas de "repensar o activismo" e definir uma agenda cívica para os próximos meses até 2024, deveria ser abordada a situação dos militantes que têm sido presos e deveria ser também evocada a questão da implementação das autarquias no país.

Cartaz do Fórum Nacional dos Activistas Angolanos.
Cartaz do Fórum Nacional dos Activistas Angolanos. © Fórum Nacional dos Activistas Angolanos.
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"O lema central é 'repensar o activismo em Angola'. Dentro deste lema, temos outros subtemas que vamos abordar durante o fórum, que são os presos políticos em Angola, a implementação das autarquias em Angola e temos outros subtemas com a exploração de menores" começa por explicar Maria do Carmo Correia, activista em Benguela e porta-voz do fórum.

Ao ser questionada sobre a recente inviabilização de concentrações em Benguela e Luanda no passado dia 10 de Fevereiro, precisamente no intuito de defender os direitos dos militantes presos e também a implementação das autarquias, Maria do Carmo Correia considera que "essa repressão não passa de intimidação, mas não nos vamos calar com esta repressão. O governo não quer implementar as autarquias mas se ficarmos na retaguarda ou se recuarmos, agora é que não vai haver implementação".

Para a militante dos Direitos Humanos, a organização da manifestação abortada em Benguela, no passado dia 10, correspondia aos procedimentos legais."Fizemos carta, demos entrada, de acordo com aquilo que são os trâmites legais só que não chegou a haver manifestação porque a polícia veio. Quando a polícia vem para intimidar, vem quase toda a brigada policial. Aquilo parece ser um terror, parece ser uma guerra", denuncia Maria do Carmo Correia.

Recorde-se que o Fórum Nacional de Activistas Angolanos se apresenta como um colectivo sem nenhuma finalidade política partidária, cujo intuito é dialogar e transmitir os anseios da sociedade civil ao poder político. Esta entidade organizou o seu primeiro encontro na província do Bengo em 2019, a segunda reunião tendo sido organizada no Huambo em 2022.

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