Sindicatos cabo-verdianos chamam atenção sobre desemprego
Este dia 1 de Maio tem sido uma ocasião em Cabo Verde para os sindicatos chamarem a atenção do executivo sobre a perda de poder de compra e o aumento do desemprego no país.
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Neste dia do Trabalhador, o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres chamou a atenção pelas perdas do poder de compra dos trabalhadores cabo-verdianos em mais de 20% nos últimos onze anos. José Manuel Vaz afirmou que muitas empresas ainda não aumentaram os salários dos trabalhadores em 2,2% conforme foi acordado em Conselho de Concertação Social e avisa que vai propor ao governo a atribuição do décimo terceiro mês a todos os funcionários públicos.
Já a secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, em conferência de imprensa hoje na cidade da Praia, agarrou-se à estatística e mostrou-se preocupada com a instabilidade laboral e a diminuição da população empregada, sobretudo entre os mais jovens.
Ao citar os mais recentes dados do INE revelando que 195 mil pessoas têm emprego, sendo que comparativamente ao ano de 2017, um pouco mais de 8.700 pessoas perderam o seu trabalho, a responsável sindical também reclamou que o governo cumpra o Acordo de Concertação Estratégica (ACE), assinado pelo executivo e os parceiros sociais em 2017. Este acordo estipula nomeadamente que entre em vigor o aumento gradual do salário mínimo até atingir os 136 euros até ao final da actual legislatura em 2021.
Mais pormenores com Odair Santos.
Odair Santos, correspondente da RFI em Cabo Verde
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