Cabo Verde: Manifestação por aumentos salariais
A manifestação pacífica convocada pela maior central sindical de Cabo Verde, a UNTC-CS, teve uma fraca adesão, com pouco mais de duzentos participantes. Esta foi a primeira de duas manifestações para reivindicar aumentos salariais e melhorias de condições de trabalho.
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Na capital do país, a Cidade da Praia, a manifestação mobilizou cerca de 200 pessoas, enquanto na segunda cidade de Cabo Verde, Mindelo, foram cerca de 20 manifestantes.
A manifestação teve como objectivos reivindicar aumentos salariais, a reposição do poder de compra, justiça social e melhorias de condições laborais.
Em declarações à imprensa, na Cidade da Praia, a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, disse que apesar da fraca adesão valeu a pena a iniciativa: "Ainda assim, valeu a pena. Os trabalhadores não querem dar a cara com medo, medo de represálias”, afirmou, num som recolhido por Odair Santos.
Joaquina Almeida, secretária-geral da UNTC-CS
Este foi o primeiro de dois protestos que também marcam a divisão na maior central sindical do país.
Na segunda-feira, feriado nacional em Cabo Verde, Dia da Liberdade e da Democracia, 12 sindicatos filiados na UNTC-CS realizam uma outra manifestação à revelia da secretária-geral da central sindical para exigirem a "reposição imediata" do poder de compra, o cumprimento dos compromissos assumidos com os trabalhadores e redução de impostos.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, considerou que não há razões para as manifestações e apontou que o seu Governo tem criado mais empregos, mais rendimento e tem melhorado as melhores condições de vida das famílias. O chefe do Governo sublinhou o direito dos sindicatos, mas disse que não é suportando a reivindicação na actualização salarial que os sindicatos conseguem convencer os cabo-verdianos da bondade da manifestação.
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