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Cabo Verde

Chefe a diplomacia cabo-verdiana apresenta demissão

Luís Filipe Tavares pediu demissão do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa e o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, aceitou o pedido, como avança em comunicado, o gabinete de comunicação do governo que adianta que o chefe do executivo cabo-verdiano vai agora apresentar ao Presidente da República o nome do sucessor de Luís Filipe Tavares nas pastas da diplomacia e da defesa nacional.

Luís Filipe Tavares, ex-chefe da diplomacia de Cabo Verde.
Luís Filipe Tavares, ex-chefe da diplomacia de Cabo Verde. © MPD
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O governo não avança com o motivo da saída de Luís Filipe Tavares do executivo de Ulisses Correia e Silva, mas alguns jornais apontam a nomeação do empresário português, César do Paço, no cargo de cônsul honorário de Cabo Verde na Florida como a causa demissão de Tavares, isto depois da polémica despoletada na imprensa portuguesa que aponta o empresário português, César do Paço, como um “criminoso” e patrocinador do partido da extrema-direita «Chega» que é contra os emigrantes.

Na manhã desta terça-feira, ao ser abordado pela imprensa sobre o caso, Luís Filipe Tavares disse que a nomeação do empresário português foi um processo normal.

“O senhor de Paço foi nomeado num processo absolutamente normal. Recordo que ele foi cônsul de Portugal nos Estados Unidos por muitos anos (2014-2020) e depois há um processo normal. Ele foi proposto pelo nosso embaixador na altura, esteve de visita a Cabo Verde em Março de 2020 e nós, depois pedimos a exequátur, que é a autorização às autoridades norte-americanas para a nomeação de cônsul. Nós não perguntamos aos nossos candidatos a cônsul a que partidos pertencem. Nós analisamos o curriculum e submetemos o exequátur nos termos da lei e dos procedimentos normais. Nós fizemos aquilo com toda a normalidade, na certeza de que era do interesse de Cabo Verde”, justificou o ministro demissionário.

Reagindo a esta decisão, a líder do PAICV na oposição exigiu explicações do executivo cabo-verdiano sobre os motivos da demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros. “Qual a relação de Cabo Verde com a extrema-direita Portuguesa? Minha gente, estamos a falar da extrema-direita. Um potencial financiador da extrema-direita em Portugal é que está a representar o nosso país? A situação é grave demais”, escreveu hoje no Facebook Janira Hopffer Almada.

A demissão de Luís Filipe Tavares, um dos vice-presidentes do MpD, no poder aconteceu no preciso momento em que o Presidente cabo-verdiano acaba hoje de anunciar a data das eleições legislativas para 18 de Abril e das presidenciais para 17 de Outubro de 2021.

 

 

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