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COP 27

COP 27: "Estamos na auto-estrada para o inferno e com o pé no acelerador"

Terceiro dia da COP 27, a Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas, a decorrer em Sharm el-Sheikh, no Egipto. Hoje as Nações Unidas vão apresentar um relatório que visa enquadrar o greenwashing.

António Guterres acusou os países e as empresas mais poluentes de “atirarem óleo para a fogueira”.
António Guterres acusou os países e as empresas mais poluentes de “atirarem óleo para a fogueira”. REUTERS - MOHAMED ABD EL GHANY
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Foi com palavras duras que António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas abriu a COP 27. O ex-primeiro-ministro português acusou os países e as empresas mais poluentes de “atirarem óleo para a fogueira”, num caminho que está prestes a entrar num ponto sem retorno.

"Estamos na batalha das nossas vidas e estamos a perdê-la. As emissões de gases com efeito de estufa continuam a aumentar. As temperaturas globais continuam a subir e o nosso planeta está rapidamente a caminhar para o ponto de não-retorno, o que fará com que o caos climático seja irreversível. Estamos na auto-estrada para o inferno e com o pé ainda no acelerador.”

Na tribuna de Sharm el Sheikh, o presidente francês Emmanuel Macron reafirmou a "urgência climática" e apelou aos países ricos para honrarem os compromissos financeiros.

“Temos de ir ao limite da solidariedade financeira. Estamos nos 88 mil milhões e devemos rapidamente chegar aos 100 mil milhões. É preciso relembrar os países ricos que ainda não honraram com os seus compromissos e sobretudo temos de o fazer mais rápido e de encontrar mecanismos para que o dinheiro chegue aos países do sul.”

No Egipto, Umaro Sissoko Embaló, presidente em exercício da CEDEAO e presidente da Guiné-Bissau reafirmou os compromissos do seu país.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorre até dia 18 de Novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egipto.

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, discursou esta manhã e disse que esta COP tem de dar respostas aos problemas do continente africano. Disse, ainda, que Portugal vai reforçar a sua cooperação no domínio ambiental em 2023.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, também discursou e defendeu uma “transição energética justa”, que permita que o país continue a usar o gás natural, a médio prazo. Filipe Nyusi defende mais cooperação no combate, prevenção e mitigação das alterações climáticas.

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