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Copa/Sorteio

Quem se deu bem - ou nem tanto - no sorteio da Copa

O sorteio para a Copa do Mundo realizado na Costa do Sauípe, a 70 quilômetros ao norte de Salvador, na Bahia, Teve técnicos e cartolas contentes, outros nem tanto. Confira abaixo uma análise do destino das 32 seleções. O sorteio para a Copa do Mundo realizado na Costa do Sauípe, a 70 quilômetros ao norte de Salvador, na Bahia, teve ganhadores e perdedores.

O sorteio das chaves da Copa do Mundo aconteceu nesta sexta-feira, na Bahia.
O sorteio das chaves da Copa do Mundo aconteceu nesta sexta-feira, na Bahia. REUTERS/Sergio Moraes
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Reportagem e análise de Fernando Valeika de Barros, da Costa do Sauípe, na Bahia, especial para a RFI

OK, o Brasil não caiu contra nenhuma potência futebolística na primeira fase. Mas, o próprio técnico da seleção brasileira, Luís Felipe Scolari reconheceu, na sua primeira entrevista na Zona Mista, que o Grupo A do Mundial de 2014 está bem longe de ser um passeio. “A Croácia é um time técnico, que sabe jogar, o México é sempre um adversário difícil, quando joga contra o Brasil e Camarões é uma das mais fortes seleções da África e já fez proezas em Copa do Mundo”. Pouco depois da entrevista do brasileiro, Niko Kovac, o técnico da Croácia, que faz a partida de estreia contra o Brasil, em São Paulo, reconheceu que os pentacampeões mundiais são favoritos. Mas, aproveitou para lembrar, que estava em campo, no único jogo em que a sua seleção encarou os brasileiros. “Eu joguei aquela partida e me lembro bem dela: perdemos por 1 a 0, gol de Kaká, mas, na minha opinião equilibramos as ações e chegamos a ser melhores do que o Brasil”, disse Kovac à RFI. Já os mexicanos, segundos adversários dos brasileiros, apostam em uma melhora geral do time – que ficou em quarto lugar entre as seleções da América do Norte, Central e Caribe, e teve de decidir sua sorte na repescagem, contra a Nova Zelândia. “Precisamos melhorar, mas é fato que nos últimos tempos nossos jogos contra o Brasil são muito equilibrados”, afirma o diretor de seleções Héctor Iñarriti. Estrela africana nas Copas de 1982 e 1990, o Camarões já não exibe o mesmo retrospecto desses tempos e anda às voltas com uma crise entre a estrela Eto’o e os jogadores mais jovens. Mas está longe de ser um time a ser desprezado.

Grupo B

Espanha e Holanda repetirão na estreia de ambas, em Salvador, o duelo que definiu a última Copa do Mundo. “Será a chance de mudar aquela história, mas termos de jogar igualmente bem contra chilenos e australianos, que certamente estarão motivados”, disse à RFI o holandês Louis van Gaal, técnico da Laranja Mecânica. Pelo seu lado, o técnico campeão do mundo com a Espanha, Vicente del Bosque, coloca todas as suas fichas em um bom resultado nessa partida – e também nos confrontos contra chilenos e australianos. “Será a nossa chance de evitar o confronto contra o Brasil, que deve ser o campeão de seu grupo, nas oitavas de final”. Se um ou outro europeu tropeçar, o Chile, bem armado e com Valdívia e Suazo, como destaques tentará beliscar uma surpreendente vaga nas oitavas. Os australianos, que mudaram de técnico depois de levarem goleadas contra Brasil e França, em amistosos devem fazer figuração.

Grupo C

Os colombianos de Falcao García foram cabeças-de-chave. Mas, nem por isso deverão ter vida fácil contra os surpreendentes gregos e a Costa do Marfim, do veterano Didier Drogba. Dirigido pelo experiente técnico italiano Alberto Zacheroni, o Japão deu vexame há seis meses na Copa das Confederações. Mas, agora espera chances melhores. “Com todo respeito à Grécia, estou aliviado por termos escapado de uma seleção europeia de ponta”, disse ele, sorrindo.

Grupo D

O grupo que reúne italianos, tetracampeões mundiais, o Uruguai, vencedor de duas Copas do Mundo e a Inglaterra, que ganhou a competição em 1966, acabou virando o “Grupo da Morte”, para muitos analistas. Classificada sem sustos, entre os times da América do Norte, Central e Caribe, a Costa Rica poderá definir a parada, seja roubando um pontinho, aqui e ali, ou sofrendo menos gols dos três postulantes às duas vagas.

Gruipo E

Time com o pior desempenho no Ranking FIFA, os franceses foram salvos pelo gongo de um confronto contra Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia. E não podem reclamar da vida. Encararão a emergente Suíça e mais Equador e Honduras. “Na minha opinião, os suíços serão os nossos adversários mais difíceis”, disse aos jornalistas, o técnico francês, Didier Deschamps. “Os equatorianos foram apenas os quartos colocados, na América do Sul, e Honduras o terceiro na América do Norte, Central e Caribe”. Segundo ele, ter os hondurenhos como adversários na estreia será sinônimo de obrigação de vitória”. Só que os latino-americanos não estão nem aí com o suposto favoritismo de franceses e suíços. “Temos um time maduro e que deverá evoluir bem em um grupo difícil nesta Copa do Mundo”, disse à RFI o colombiano Reynaldo Rueda. O hondurenho Luis Fernando Suárez também mostrou otimismo. “Nosso grupo é difícil, mas nossos jogadores são maduros”. Para o alemão Otmar Hitzfeld, técnico da emergente Suíça, o grupo E será “tenso”. “Estarão em ação estilos de jogo muito diferentes”, desconversou Hitzfeld.

Grupo F

A Argentina, de Lionel Messi, é a franca favorita para levar a melhor em um grupo onde Bósnia, Irã e Nigéria medirão forças pelo segundo lugar. “Aparentemente foi um sorteio positivo para a Argentina, mas no futebol as partidas são para serem jogadas”, disse um aliviado Sabella, logo depois do sorteio.

Grupo G

Para muitos analistas é o verdadeiro “Grupo da Morte”. Pudera, nessa chave está a Alemanha, terceira colocada na Copa de 2010, na África do Sul, e cuja base é formada pela melhor equipe europeia, o Bayern de Munique. Como coadjuvante há Portugal, do comandante Cristiano Ronaldo."Chegaremos a esse Mundial no Brasil com a expectativa de passarmos para as oitavas de final, sempre respeitando nossos adversários", disse o técnico português Paulo Bento. Ele sabe o que diz. Os técnicos e fisicamente fortes jogadores africanos de Gana e os Estados Unidos, comandados pelo técnico alemão Juergen Klinsmann, tem qualidades para aprontar zebras.

Grupo H

Os belgas são uma das seleções emergentes da Europa. E caíram em um grupo relativamente fácil, com Argélia, Rússia e Coreia do Sul. “Não temos do que nos queixar”, disse Marc Wilmots, craque belga na Copa de 2002 e agora o técnico dos “Diabos Vermelhos”. “A Rússia, de Fabio Capello é perigosa, e teremos de aprender mais sobre argelinos e coreanos”, acrescentou. A mesma sensação de alívio era partilhada por Capello. “Certamente, a nossa chave foi mais fácil que a da Itália”, disse. Também não era de descontentamento a expressão de Sabri Lamouchi, o técnico argelino. “Numa fase final de Copa do Mundo nunca há adversários e nem grupos fáceis”, disse ele. Um jogo de palavras que na verdade demonstra uma certa sensação de alívio.

 

 

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