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Brasil/Copa do Mundo

Bicampeões com o PSG, Maxwell e Lucas vivem emoções opostas com a seleção brasileira

A convocação da seleção brasileira pelo treinador Luiz Felipe Scolari nesta terça-feira (7) provocou sentimentos contraditórios no elenco brasileiro do Paris Saint-Germain, que comemorou no mesmo dia a conquista do bicampeonato francês. Dos quatro atletas testados por Felipão, apenas dois integram a lista dos 23 nomes que vão defender o Brasil na Copa.

O jogador brasileiro Maxwell
O jogador brasileiro Maxwell (Foto: Elcio Ramalho/RFI Brasil)
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Thiago Silva, capitão da seleção brasileira e do PSG, já era um dos nomes certos da lista final. Considerado o melhor jogador do mundo na sua posição, o zagueiro central já tinha sido confirmado por Scolari semanas antes, durante um evento em São Paulo.

Alex, outro zagueiro do PSG, que já atuou na seleção, tinha possibilidades remotas já que nunca havia sido chamado por Scolari. Sobravam Marquinhos, Maxwell e Lucas Moura. Todos eles com passagens recentes pela seleção em amistosos ou competições oficiais.

O zagueiro Marquinhos, de 22 anos, chamado uma vez por Felipão, ficou de fora da lista. Após o jogo entre o PSG e o Rennes, nesta quarta-feira no Parc des Princes, em Paris, o zagueiro reserva preferiu passar direto pela zona mista, sem falar com a imprensa. Mas sua expressão não escondia uma certa decepção.

Também reserva no PSG, o atacante Lucas Moura não se esquivou de comentar sua reação pela não convocação dos jogadores que vão à Copa. Nem a conquista do título francês, confirmada durante a noite, consegui afastar o desapontamento com as notícias vindas do Rio de Janeiro.

Devido a ansiedade e nervosismo, Lucas decidiu não acompanhar a convocação ao vivo pela televisão e esperou pela reação dos amigos e fãs. “De repente o celular começou a tocar e recebi muitas mensagens. Infelizmente, foi dia de receber mensagens de apoio e de consolo”, disse.

Consolo com palavras bíblicas

Logo após a notícia da não convocação, Lucas postou uma mensagem no Twitter com uma passagem bíblica do apóstolo João: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." “Coloquei um versículo da Bíblia para os meus fãs que estão sempre comigo nos momentos bons e ruins também. Deixei a mensagem para mostrar que estou bem e a vida continua”, explicou.

Lucas esteve no grupo que conquistou a Copa das Confederações em 2013 e chegou a ser chamado por Felipão em amistosos. Mas o desempenho fraco no jogo contra a Zâmbia, realizado na China, e a falta de ritmo de jogo no PSG, onde passou parte da temporada na reserva, foram fatores determinantes para seu distanciamento da seleção brasileira.

“É uma mistura de sentimentos. Mas tenho que saber absorver. Faz parte da idade um jogador de futebol. Sou muito jovem ainda e tenho muita coisa pela frente”, relativizou o ex-são paulino que ainda mantinha muitas esperanças de voltar à seleção.

“Agora é comemorar o título (francês) e esperar ir para o Brasil de férias, descansar, matar a saudade do meu país, a família e de meus amigos e depois torcer para os meus companheiros na Copa”.

Dia inesquecível para Maxwell

Entre os companheiros de Lucas, além dos que dividiram com ele a conquista da Copa das Confederações, está o lateral esquerdo do PSG, Maxwell, que teve um dia para ficar gravado na memória.

À tarde, na concentração do PSG antes do jogo com o Rennes, Maxwell tinha algumas horas para dormir, mas não conseguiu. Chamado por Thiago Silva, o lateral esquerdo acompanhou ao vivo, do quarto do capitão do PSG e da seleção brasileira, o anúncio do seu nome.

“Foi uma alegria enorme. É inexplicável, não existe nenhum tipo de palavra que traduza o que a gente sente depois de tanta apreensão e ansiedade. Foi uma emoção enorme”, conta. “Foi um dia inesquecível para mim. Agradeci a Deus e a todas as pessoas que sempre estiveram do meu lado”, lembra o lateral de 32 anos, convocado apenas uma vez por Felipão, para o amistoso contra a Suíça em agosto do ano passado.

“Eu tinha esperança, mas sobretudo curiosidade de saber como seria já que há tantos jogadores bons disputando a posição. Agora é agradecer a confiança da comissão técnica e tentar retribuir de maneira positiva lá”, completou.
 

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