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Europa

UE quer reforçar controle, após escândalo com próteses PIP

A União Europeia deve reforçar o controle de segurança sobre materiais médicos potencialmente perigosos, como próteses e implantes, e a longo termo reformar sua legislação vigente para o esse setor. O comissário europeu para a saúde, John Dalli, deseja aplicar testes pontuais em produtos e locais de produção. O recente escândalo envolvendo próteses mamárias de silicone defeituosas, fabricadas pela empresa francesa Poly Implant Prothèse (PIP), expôs a fragilidade da regulação médica no bloco e vem pressionando a aplicação de iniciativas de controle para evitar novos ocorridos.  

A prótese mamária defeituosa da marca francesa PIP foi implantada em cerca de 500 mil mulheres em todo o mundo.
A prótese mamária defeituosa da marca francesa PIP foi implantada em cerca de 500 mil mulheres em todo o mundo. REUTERS/Eric Gaillard/Files
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Quase 500 mil mulheres receberam um implante PIP, grande parte deles apresentaram rupturas. Mesmo se nenhuma ligação direta foi estabelecida ainda, cerca de vinte casos de câncer foram diagnosticados em mulheres portadoras da prótese.

Na França, onde 2.500 queixas foram encaminhadas à justiça, o governo recomendou às 30 mil mulheres que recorreram à prótese PIP que retirem os implantes. O fundador da empresa, Jean-Claude Mas, principal responsável pelo escândalo, foi indiciado por homicídio culposo.

O comissário pediu que as cerca de 80 agências europeias de exame da qualidade de equipamentos de saúde sejam verificadas. Elas devem passar nos próximos meses a avaliar apenas determinados produtos para os quais possui uma competência específica.

Bruxelas também solicitou que um novo estudo sobre o impacto sanitário das próteses PIP seja feito por seus especialistas, diante de um primeiro relatório sobre o caso que não reuniu provas suficientes.
 

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