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França/Silicone

Autoridades francesas apresentam parecer sobre próteses mamárias PIP

As autoridades francesas confirmaram, baseadas na análise de portadoras de implantes da PIP no país, que as próteses da marca sofriam rupturas precoce. Seguindo as indicações do governo, quase 900 mulheres já retiraram, por medida de precaução, seus implantes mamários.

Prótese mamária defeituosa da marca francesa PIP
Prótese mamária defeituosa da marca francesa PIP REUTERS/Eric Gaillard/Files
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Dominique Marininchi, responsável da Agência francesa encarregada de produtos de saúde (Afssaps, na sigla em francês) apresentou nessa segunda-feira no ministério da Saúde seu relatório sobre a fiabilidade das próteses de silicone da marca Poly Implant Prothèse (PIP). Uma das principais constatações das análises é que os implantes se rompiam facilmente. Segundo ele, 55% dos casos de ruptura constatados nas 1379 pacientes declaradas à agência ocorreram nos primeiros cinco anos de uso, “o que é extraordinariamente precoce”, frisou.

O oncologista também disse não estar surpreso com os índices de reações inflamatórias constatados nas pacientes. De acordo com o médico, esse tipo de efeito poderia ser explicado “pela membrana de má qualidade das próteses PIP, formada por um gel corrosivo que as destruía, ou então pela perspiração do gel, que atravessava a membrana”.

Em dezembro de 2011 o governo francês havia recomendado, por medida de precaução, que todas as 30 mil portadoras de implantes PIP no país retirassem suas próteses. Para Dominique Marininchi, os resultados das análises apresentados nesta segunda-feira provam que as autoridades sanitárias tomaram a decisão correta. Até agora, 877 mulheres já retiraram suas próteses na França.

O responsável da agência francesa lembrou que por enquanto não há nenhuma prova científica de que os implantes estejam diretamente ligados aos casos de câncer constatados nas portadoras das próteses. 

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