Milhares de ucranianos voltam às ruas contra governo anti-europeu
Os protestos da oposição na Ucrânia não perdem o fôlego. Na noite desta segunda-feira, 20 mil pessoas se reuniram na praça central da capital Kiev, dando sequência a uma mobilização iniciada no domingo. Os manifestantes criticam o governo após a suspensão da assinatura de um acordo de parceria estratégica com os europeus.
Publicado a:
Na semana passada, o presidente Viktor Ianukovitch encerrou as negociações com a União Europeia em favor de uma aliança econômica com a Rússia, o que provocou uma revolta entre muitos ucranianos e críticas por parte dos líderes europeus.
O acordo, negociado durante vários anos e que previa uma associação política e de livre-comércio com os 28 países da União Europeia, deveria ser assinado durante uma reunião de Cúpula Europeia agendada inicialmente para o próximo final de semana em Vilnius.
Nesta segunda-feira, a União Europeia declarou que a proposta de uma parceria com a Ucrânia “ainda está sob a mesa” e criticou a pressão da Rússia sobre sua ex-república.
A ex-primeira-ministra Iulia Timotchenko anunciou ontem através de seu advogado que deu início a uma greve de fome em apoio aos manifestantes. Ela permanece presa sob a acusação de "abuso de poder".
Ataques
Os serviços secretos da Ucrânia, o SBU, exigem ações na justiça contra os manifestantes pró-europeus que atacaram agentes dentro um micro-ônibus que faziam uma vigilância eletrônica, durante a manifestação na noite desta segunda-feira, em Kiev.
Em comunicado, a direção dos serviços secretos informou que os agentes estavam no local para detectar eventuais sinais de rádio que pudessem acionar explosivos à distância. A missão deles foi realizada no âmbito da luta antiterrorista, segundo as autoridades ucranianas.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro