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Greenpeace/Rússia

Último tripulante de navio do Greenpeace libertado na Rússia

A justiça russa decidiu nesta quinta-feira libertar sob fiança o último ativista do Greenpeace ainda detido devido a um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. O australiano Colin Russell, de 59 anos, poderá deixar a prisão de São Petersburgo quando a fiança de 2 milhões de rublos (60 mil dólares) for paga, anunciou o Greenpeace.

A justiça russa aceitou a libertação de Colin Russell, do Greenpeace, sob fiança.
A justiça russa aceitou a libertação de Colin Russell, do Greenpeace, sob fiança. REUTERS/Dmitri Sharomov/Greenpeace/Handout via Reuters
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Todos os outros 29 detidos durante o protesto, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, já foram soltos sob fiança. Russell era um dos tripulantes do Arctic Sunrise, navio quebra-gelo do Greenpeace tomado pela guarda costeira russa após um protesto em 18 de setembro, no qual os ativistas tentaram escalar uma plataforma de petróleo da Gazprom.

Todas as 30 pessoas presas foram acusadas de vandalismo e podem ser condenadas a até sete anos de prisão, em um caso que provocou críticas de países ocidentais e é visto por opositores do Kremlin como uma repressão contra a dissidência ao presidente Vladimir Putin.

Russell havia tido a fiança negada em audiências anteriores, em novembro, mas obteve sucesso ao recorrer. Não está claro se os não russos do grupo - formado por pessoas de 18 nacionalidades - poderão deixar a Rússia.

Um comunicado da ONG ambientalista diz que “não haverá comemoração de verdade até que todos os ativistas tenham permissão para voltar para casa e que as acusações contra eles sejam arquivadas”.

Ártico é prioridade para Putin

A plataforma Prirazlomnaya, alvo do protesto do Greenpeace, é a primeira estrutura russa de exploração de petróleo no Ártico, cujos recursos naturais podem impulsionar a economia da Rússia. Putin já disse considerar as atividades no Ártico uma prioridade.

O Greenpeace classificou as acusações russas como infundadas, dizendo que os protestos foram uma tentativa pacífica de chamar atenção para possíveis danos ambientais causados pelas perfurações em uma região relativamente preservada.
 

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